Face à ausência por parte da tutela sobre o atraso nas obras na linha a CPDLO propõe-se dinamizar novas acões.
A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO) deslocou-se, no dia 15 de dezembro, ao Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa, para obter respostas sobre os atrasos verificados nas obras de modernização e electrificação da Linha. No entanto, apenas conseguiu reunir com dois assessores do ministro Pedro Nuno Santos, que se “limitaram a ouvir as preocupações que lhes foram transmitidas” pelos membros desta comissão.
“Não é aceitável que o gabinete do ministro não tenha tido resposta para transmitir à comissão, não só sobre o que se passa com os atrasos verificados nas referidas obras mas, fundamentalmente, sobre os prazos que se impõe que sejam cumpridos, de modo a que as obras fiquem concluídas até 31 de dezembro de 2023”, denuncia a CPDLO em comunicado.
Os elementos da comissão partiram, ao final da manhã de quinta-feira, da estação de comboios das Caldas, com o objetivo de entregar um memorando onde dão conta do estado atual da linha férrea e pedir um “compromisso concreto” do cumprimento do prazo em finais de 2023, explicou o porta-voz da comissão, Rui Raposo. Para além de uma obra estrutural para a região, assume uma importância grande no Plano da Rede Ferroviária Nacional com a ligação da linha à alta velocidade em Leiria e a criação de um novo traçado, a partir de Torres Vedras para Lisboa Oriente. “Pode representar que a ferrovia passe a competir com o transporte rodoviário, com uma linha eletrificada, um aumento significativo do número de composições a circular e uma redução do tempo de viagem”, destaca Rui Raposo.
O presidente da Câmara das Caldas encontrou-se com os elementos da CPDLO na estação caldense, antes de partirem, num gesto de “solidariedade com a sua preocupação e na impossibilidade se os acompanhar a Lisboa”, explicou à Gazeta. “É um alerta aos dirigentes para fazerem o que se comprometeram, levar a obra a efeito até final de 2023. Com os atrasos que se têm verificado começamos a ficar todos preocupados que os timmings podem não se cumprir”, manifestou Vítor Marques, acrescentando que também a autarquia já solicitou uma reunião com o ministro das Infraestruturas, mas que esta ainda não foi agendada.































