Já é conhecida a comissão instaladora do Museu do Vinho, em Alcobaça. Liderada pelo presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, a equipa é composta por Alberto Guerreiro (técnico com vários anos de trabalho naquele espaço), António Maduro, Rui Rasquilho e Jorge Raimundo Custódio (historiadores), Gil Moreira, (arquitecto) Manuel Castelhano (Cooperativa Agrícola de Alcobaça) e António Caetano (Adega Cooperativa de Alcobaça).
De acordo com Paulo Inácio, a comissão vai “estudar e reflectir sobre o Museu do Vinho e abri-lo, devagarinho, à sociedade civil”. O autarca diz que não há em mais nenhum lugar “um Museu do Vinho com o potencial deste” e é por isso que considera “enorme” o desafio da comissão instaladora.
O edil acredita que no próximo Quadro Comunitário haverá apoio à requalificação deste espaço museológico recentemente recuperado pela Câmara de Alcobaça, depois de mais de cinco anos encerrado.
O Museu do Vinho deverá abrir parcialmente em 2013 dando a conhecer um espólio de mais de 8000 peças e um património que a comissão se propõe “engrandecer”.
A constituição da comissão instaladora foi divulgada ao final da tarde de 1 de Dezembro em pleno Museu do Vinho, totalmente lotado e aberto especialmente para acolher o lançamento do livro “Biografia de José Eduardo Raposo de Magalhães”, da autoria de António Maduro. Uma obra que recupera a vida e obra do engenheiro alcobacense que construiu a adega onde hoje se encontra o Museu.
Uma evento que serviu para reflectir sobre o passado e o futuro de um espaço que “por enquanto é apenas um núcleo de belas peças que precisam de ser tratadas, estudadas e investigadas”, considerou António Maduro. O historiador acredita que o Museu do Vinho “tem que ser não só um museu de Alcobaça, mas também da região, do país e de além-fronteiras”. Um espaço que honre a memória do seu criador e a tradição da vitivinicultura local.
A importância do legado de José Raposo de Magalhães foi também salientada por Rui Rasquilho, que o considerou “uma das mais importantes figuras da terra no século XIX”. Já Fernando Magalhães, neto do biografado, salientou a “visão empresarial” do avô, e exortou os alcobacenses a unirem-se em torno do Museu como um pólo de atracção numa cidade “quase morta”, que se acomodou e que “não pode viver só do Mosteiro”.
Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt
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