A necessidade de fiscalização das prestadoras de serviço, mais recursos humanos e equipamentos constam do memorando
A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) quer que o Governo mande inspecionar as empresas de contratação de profissionais de saúde pois considera que estas têm contribuído para a situação de rutura em que se encontram os hospitais.
O porta voz, Vítor Dinis, foi ouvido, a 4 de janeiro, na Comissão da Saúde da Assembleia da República e, já após a reunião, enviou um e-mail à coordenadora do grupo de trabalho, Susana Correia, para que a sua pretensão chegue ao presidente da Assembleia da República.
Há oito meses que a comissão tinha pedido uma audiência com os partidos representados na Assembleia da República para lhes facultar o memorando elaborado e explanar os problemas da saúde na região. A necessidade de mais recursos humanos, nomeadamente médicos e enfermeiros, assim como da “instalação urgente” da Unidade de Cuidados Intensivos para servir a população oestina e fornecimento de equipamentos novos e substituição dos obsoletos, foram algumas das preocupações manifestadas. Referindo-se aos cuidados de saúde primários, Vítor Dinis, defendeu o seu funcionamento “pleno e em sintonia” com os hospitais.
“Este memorando é feito com as preocupações da sustentabilidade e da forma como será garantida a saúde no Oeste, tendo em conta que a situação agrava-se”, justificou o responsável.
Presente na reunião, a deputada caldense do PS, Sara Velez, reconheceu as dificuldades ao nível da saúde no Oeste, e também no país, e partilhou as medidas que o governo tem vindo a tomar, dando como exemplo o novo estatuto do Sistema Nacional de Saúde e a passagem de Unidades de Saúde Familiar para o modelo B, “que são mais atrativas para os profissionais de saúde”. Manifestou ainda a intenção do PS em continuar a acompanhar as preocupações manifestadas e pugnar pela concretização dos investimentos. Já o deputado do PSD, Hugo Oliveira, considera que os três hospitais do CHO “precisam de intervenção imediata”, até que seja construído o novo Hospital do Oeste, que vê como “uma necessidade”. Referindo-se aos cuidados de saúde primários, Hugo Oliveira defendeu que é preciso mudar o paradigma e que haja coragem, por parte do governo, para avançar “rapidamente com o modelo B”das Unidades de Saúde Familiares.
O deputado do Chega, Pedro Frazão, chamou a atenção para a necessidade de cuidados de saúde numa região cujo tipo de turismo, muito associado ao golfe, atrai “pessoas de maior idade”, mas também ao nível da agricultura, com a presença de imigrantes, que têm de ser integrados e ter acesso aos cuidados. ■






























