Comissão de Utentes do CHO quer reunir com ministra da Saúde

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A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste pediu uma reunião com a ministra da Saúde para exigir mais profissionais, equipamentos e a manutenção dos hospitais. Quer ainda ver acelerada a construção do novo hospital

A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) enviou, esta semana, um pedido de reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, para reivindicar mais pessoal e equipamento, assim como a manutenção dos hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras. Quer também que seja acelerada a obra de construção do novo hospital para o Oeste.
Juntamente com o pedido, os elementos da comissão enviaram notas da reunião que teve, no passado dia 15 de Janeiro, com a administração do CHO, representantes da OesteCIM, autarquias e bombeiros oestinos. Neste encontro foi feito um balanço do ano de 2019 e abordados os principais problemas com que se depara este centro hospitalar.
De acordo com Vitor Diniz, porta-voz da comissão, são necessárias obras no Hospital de Torres Vedras para colmatar infiltrações e de adaptações de espaço, mas realçou que não irá levar casos concretos à governante.
O responsável informou, ainda, que, de acordo com a presidente da administração do CHO, Elsa Baião, as obras nas Urgências das Caldas estarão concluídas em finais de Março e as de Torres Vedras deverão arrancar ainda este ano.
Nesta reunião foi também colocada, por parte dos bombeiros, a questão da utilização no transporte de utentes de viaturas afectas ao socorro. As corporações queixam-se que os quilómetros são pagos por um valor mais reduzido e que estão a ter prejuízos.
Susana Azevedo, da comissão de utentes, especificou que, a título de exemplo, as deslocações entre hospitais do CHO e de Lisboa estão a ser garantidas por viaturas de serviço de socorro, pois não existem viaturas medicalizadas para o fazer. “Para que as viaturas não faltem no terreno isto faz com que, por exemplo, os bombeiros da Lourinhã tenham que se deslocar às Caldas para fazer o transporte de um doente para Lisboa, mas depois o pagamento do transporte é feito apenas entre Caldas e Lisboa e não há pagamento entre Lourinhã e as Caldas, o que se reflecte num prejuízo para os bombeiros”, concretiza.
Uma situação que terá continuidade até à existência de um novo hospital, mas que a administração do CHO se disponibilizou a atenuar. A directora clinica, Filomena Rodrigues, vai reunir com os bombeiros para tentar melhorar a situação e não pôr em causa o socorro das pessoas.
A OesteCIM está a preparar o estudo de localização, perfil e dimensionamento do novo Hospital do Oeste, tendo ficado combinado voltarem a reunir dentro de seis meses para fazer um ponto de situação dos trabalhos. “Tudo indica que este ano vai ficar definida a localização do hospital”, acredita Vitor Diniz.

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