Comissão Administrativa preside aos destinos da Casa do Povo de Alfeizerão

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Os corpos sociais da Casa do Povo de Alfeizerão, eleitos em 18 de Março deste ano, acabaram por cair, como já era sabido, dada a demissão da maioria dos seus elementos. Apenas o presidente da Direcção, Baltazar Rosado Lourenço e o presidente do Património, António Susano, não apresentaram a demissão, mas também não compareceram na última reunião daquele órgão. Fizeram chegar, no início da mesma, às mãos do presidente da mesa, José Luís Monteiro de Castro as chaves da colectividade, que estavam em seu poder.
Nestas circunstâncias foram considerados, automaticamente, como demitidos.

Desta forma a direcção encontrava-se ferida de legalidade porque não tinha quórum para desempenhar as suas funções em termos legais. Face ao acontecido, José Luís de Castro, em conjunto com o Conselho Fiscal, tomaram a decisão de marcar esta Assembleia para o dia 21 de Agosto, para não protelar por mais tempo esta situação. Era preciso dar conhecimento aos associados do que estava a acontecer e, se possível, eleger de imediato nova Direcção.
A questão das contas da Casa do Povo foi um dos pontos quentes desta reunião e causou grande discussão por parte de alguns sócios, que acusaram fortemente os principais directores e questionaram a mesa sobre a situação financeira da colectividade. Nesta altura, José Luís de Castro serenou os ânimos dizendo que “temos de ter bom senso e não podemos estar a decapitar pessoas sem primeiramente analisarmos as contas”. O presidente da mesa que não estava ali para “branquear questões”, mas afirmou que, se houver falhas e irregularidades “elas terão de ser clarificadas pelos responsáveis”.
Este responsável prometeu que o Conselho Fiscal vai verificar as contas, devendo haver nova assembleia geral em 15 de Setembro.
Entretanto, José António Brilhante, presidente do Conselho Fiscal informou os sócios que, neste momento, a casa do Povo tem na Caixa Agrícola um depósito a prazo de 1500 euros e um à ordem de 1.700 eruos. Tem a receber dos hospitais depósitos de 10.000 eruos relativos a serviços prestados pelas ambulâncias. Os salários estão em dia, assim como o pagamento à Segurança Social. Existem dívidas à vista que totalizam 4.000 eruos aproximadamente.
Para que a Casa do Povo se mantenha em funcionamento, o presidente José Luís de Castro, questionou os cerca de 50 associados presentes sobre a eventual formação de uma nova Direcção. Tal não foi possível, mas levantaram-se sete elementos – Jeremias Vicente, Ãngela Bento, Carla Caiado, Carla Sé, Carla Vicente, Sandra Sé e Zaida Rebelo – para constituir uma Comissão Administrativa a fim de gerir a instituição pelo período de três meses.
Esta Comissão foi aprovada por maioria com três votos contra e duas abstenções e entra já em funções.

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T. Antunes

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