Circuito turístico das Caldas para conhecer na Linha Verde do Toma

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notícias das CaldasTodos os cidadãos que utilizam a linha verde do Toma têm agora possibilidade de ficar a conhecer melhor os pontos turísticos da cidade e a deparar-se com sinais-sonoros a indicar aos invisuais cada paragem. O sistema MOOV-U BUS foi apresentado na tarde de 22 de Setembro (Dia Europeu Sem Carros, em que foram concentradas das comemorações da semana europeia da mobilidade nas Caldas) e está a funcionar no autocarro que faz o percurso compreendido entre a Rainha e a Rua Heróis da Grande Guerra, passando pelo Avenal, Bairro das Morenas, Centro de Saúde, Câmara e Hospital.
O projecto foi desenvolvido tecnologicamente pela empresa caldense Makewise e tem por base um roteiro feito por alunos do curso de Turismo da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro.

De acordo com Pedro Manuel, da Makewise, o MOOV-U é uma solução de gestão de conteúdos digitais para marketing digital de proximidade. Num ponto único, o sistema pode gerir vários meios de comunicação digital, como os smart phones, muppies digitais interactivos e écrans de informação de autocarros em rota urbanas, como é o caso do Toma.
O sistema funciona através da internet, em que é possível fazer a gestão de todos os conteúdos e distribuí-los pelos pontos onde vão ser visualizados. “Na Linha Verde posso pôr determinados conteúdos, na Linha Laranja outros, e tudo à distância de um clic, o que é uma grande vantagem”, exemplifica Pedro Manuel.
A localização das paragens é feita de forma automática, com base em localizações geográficas GPS. Mas poderão haver outras utilizações, como é o caso do aproveitamento publicitário localizado em que, por exemplo, quando o autocarro passa por uma loja, poderá haver publicidade a essa mesma loja.
A empresa ainda não apurou o investimento desta tecnologia, até porque o “maior custo está em termos de massa cinzenta que foi necessária para desenvolver o software e a plataforma”, explica Pedro Manuel. Mas em termos de equipamento para colocar o projecto a funcionar no autocarro, investiram cerca de dois mil euros.
Nas Caldas está a ser experimentada uma vertente mais turística, com a apresentação de pontos de interesse entre paragens, mas o projecto pode ser explorado noutras componentes como, por exemplo, numa rede escolar.
Por enquanto está a funcionar de forma experimental no Toma, mas o responsável da Makewise adianta que já existem interessados em expandir esta tecnologia, em linhas de transporte urbano municipais, sobretudo na região norte e no Algarve.
O presidente da Câmara, Fernando Costa, andou de Toma neste dia e destacou as qualidades do novo serviço. “Ajuda os invisuais a conhecer a cidade”, disse, acrescentando que o alargamento às outras linhas terá que ser estudado, de modo a não acarretar custos para a autarquia.
O autarca destacou ainda as vantagens do condicionamento à circulação automóvel nas cidades e defendeu a necessidade dos centros históricos e zonas mais emblemáticas serem reservada aos peões. “Nas Caldas temos já uma vasta área de ruas sem trânsito e as pessoas já interiorizaram que isso é vantajoso”, disse, defendendo que a efeméride se celebre todos os anos, para sensibilizar os peões para as questões da mobilidade, de uma forma mais vincada.
E foi o que aconteceu, mais uma vez nas Caldas. Durante o dia foram dinamizadas diversas actividades no centro da cidade, como jogos de xadrez, divulgação de seguros para bicicletas, exposição de bicicletas  e carros eléctricos e aulas de cycling. Ana Felizardo, do ginásio Balance Health Club, destacou a adesão das pessoas ao cycling, que levou a que tivessem que fazer uma aula extra.
“É uma data relevante uma vez que estamos a apelar à mobilidade e a mostrar a importância da actividade física”, referiu.
Todas estas acções assentaram em parcerias com as entidades envolvidas, o único custo da Câmara foi com o Toma, que durante este dia não cobrou bilhete aos seus utilizadores.

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Crescimento da Makewise obriga a novas instalações

notícias das CaldasFundada em 2004 por dois jovens engenheiros caldenses, Pedro Manuel e Gonçalo Abreu, a empresa de Engenharia de Sistemas de Informação, Makewise, conta actualmente com 16 colaboradores.
“Fomos crescendo, paulatinamente, à medida das necessidades”, disse Pedro Manuel, acrescentando que actualmente as suas instalações, no Bairro Azul, estão sobrelotadas. “Se tivermos novos projectos e quisermos alargar a equipa não temos meios físicos para albergar essas pessoas”, conta, adiantado que actualmente já querem acolher estagiários das escolas locais, mas estão limitados a um ou dois por época.
O próximo passo será a construção de uma sede no Parque Empresarial das Caldas, junto à Avenida Eng. Paiva e Sousa, para a qual já têm um lote aprovado e estão a desenvolver o projecto. “Vamos ver como corre a actividade, porque neste momento os financiamentos estão mais difíceis”, disse Pedro Manuel.
Entre os projectos que a empresa está a desenvolver, destacam o “Talking Trees”, uma plataforma que disponibiliza aos visitantes informação sobre o património botânico existente no Parque de Monserrate (Sintra).
Até ao final do mês estão a recolher o feedback dos turistas e visitantes, para depois estender a plataforma ao Palácio e Parque da Pena, Castelo dos Mouros e convento dos Capuchos.

 

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