
Uma delegação do Chipre, composta por cerca de uma dezena de representantes na área da Educação e Formação para o Turismo, esteve em Portugal entre os dias 21 e 25 de Fevereiro, com o objectivo de conhecer a rede de escolas de Hotelaria e Turismo lusas. Em destaque estiveram os projectos de hotel e restaurante de aplicação e as boas praticas ao nível da formação, que pretendem implementar naquela ilha do Mediterrâneo.
Na passada terça-feira a comitiva esteve a visitar os pólos de Óbidos e das Caldas da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste.
Sebnem Pekdogan, assessora do ministro da Educação e coordenadora do projecto de formação, disse que procuraram ver as infra-estruturas e condições dos estabelecimentos de ensino portugueses, de modo a transportar os bons exemplos para as quatro escolas de turismo que existem no Chipre.
Em relação às maiores diferenças entre os estabelecimentos de ensino dos dois países referiu a existência em Portugal das escolas com aplicação (de hotel e restaurante) que permite aos alunos ter experiência em contexto profissional, mesmo durante o tempo em que estão a estudar. “Possuímos equipamentos, mas não estão abertos ao público, os nossos alunos não podem praticar com clientes verdadeiros”, explicou Sebnem Pekdogan
Os cipriotas pretendem melhorar também a formação e apostar na certificação. Escolheram Portugal para ver boas práticas porque se trata de um país com algumas semelhanças, ambos pequenos e com uma economia idêntica.
O director da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, Daniel Pinho, não esconde o orgulho em mostrar o bom trabalho que se faz nestes pólos, destacando que é importante que se olhe para o Turismo de Portugal como um “exemplo internacional de formação na área do turismo”. Destaca a curiosidade dos visitantes no que respeita ao modo de organização da escola, número e proveniência dos alunos, qualificação dos professores e a realização de estágios nacionais e internacionais.
A escola oestina recebeu recentemente a visita de um representante do Azerbeijão (ex-república da União Soviética), que também veio colher as boas práticas e metodologias nesta área.
Na próxima semana vão receber uma formadora de Cabo Verde, especializada em pastelaria, que estará um mês e meio em Óbidos a trabalhar com as equipas deste pólo.
A escola de hotelaria de Cabo Verde está a ser reestruturada e, nesse sentido, encontram-se oito formadores em Portugal, espalhados pelas diversas escolas de hotelaria a aperfeiçoar os seus conhecimentos.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt






























