Chuva afastou público da mostra de doces e licores

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Mostra foi inaugurada pelo Ministro da Educação, Fernando Alexandre

Esta foi a 27ª edição da iniciativa que dá a conhecer os melhores doces e licores conventuais, mas a chuva afastou o público

O Mosteiro de Alcobaça recebeu, entre os dias 13 e 16 de novembro, a 27ª edição da Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais de Alcobaça, o evento que torna este no ponto mais doce do país durante quatro dias.

Com base nas gemas de ovos e no açúcar, mas também nas amêndoas, encontramos uma grande diversidade de doces conventuais, com as cornucópias a serem o principal embaixador.

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Numa das salas encontramos seis ordens monásticas cistercienses de todo o país, mas também uma do Brasil e uma da Bélgica. Uma novidade deste ano foi a primeira presença das monjas concepcionistas franciscanas da ordem da Imaculada Conceição, que vieram de Viseu.

Noutros locais do Mosteiro era possível encontrar os espaços comerciais de doçaria e pastelaria e havia ainda uma zona das escolas e outra dedicada aos licores. Pelo caminho os visitantes apreciavam a instalação “Jardim de Encanto”, da empresa O Cubo, que dava cor, vida, luz e som ao Claustro do Cardeal. Esta instalação artística assinalava os 700 anos do nascimento de Inês de Castro.

No total participaram cerca de 40 expositores. Após duas menções honrosas, em 2015 e em 2017, as nevadas da Pastelaria O Mosteiro de Lorvão (Penacova) foram as grandes vencedoras do prémio para o Melhor Doce Conventual, com os Ovos Moles, da Padaria e Pastelaria Flor de Aveiro (vencedoras do último ano), e as Brisas do Liz, da Padaria do Marquês, a receberem menções honrosas.

O Licor de Singeverga, cuja receita comemora 90 anos, voltou a ser o vencedor nos Licores (somando 11 vitórias em 15 edições), enquanto que a Compota de Tomate, Gengibre e Malagueta das Monjas Cistercienses de Rio Caldo conquistaram a categoria que premeia a melhor compota.

Este ano o júri para os doces e compotas, composto por Virgílio Gomes e pelos chefs João Ribeiro, Ricardo Raimundo, Fernanda Carolina e Paulo Pinto, decidiu atribuir um prémio para a melhor cornucópia em exposição, que foi ganho pela Pastelaria Rebelo. Nos licores a escolha ficou a cargo de José Redondo, Gomes Pereira e Vasco Clímaco.

O programa da mostra foi complementado com showcookings, mas também concertos musicais, espetáculos de marionetas e teatro. No entanto, as condições meteorológicas adversas, com muita chuva, terão afastado algum público. A bilheteira este ano foi gerida em exclusivo pelo próprio mosteiro. Segundo a diretora do Mosteiro, Ana Pagará, passaram pelo certame mais de 18 mil pessoas ao longo dos quatro dias.

O presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, afirmou que “apesar das fortes chuvadas, vivemos um encontro marcante” e que “mesmo perante a adversidade do tempo, cerca de 37 mil visitantes voltaram a demonstrar o quanto este certame faz parte da nossa memória coletiva”. São números diferentes, que se explicarão pelos convites.

Fica, ainda assim, aquém das 50 mil pessoas que a autarquia referiu ter recebido no último ano.

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