A contratação directa dos trabalhadores precários do CHO está prevista para o próximo mês de Fevereiro. Até lá será feita uma adenda ao contrato daqueles funcionários com a empresa Low Margin até que seja possível contratar os 180 trabalhadores de forma directa, passando assim a integrar os quadros do CHO. “Estamos na expectativa…Este era o passo que faltava”, disse à Gazeta das Caldas Carla Jorge, do Movimento Precários do CHO. A porta-voz está confiante e espera que a contratação directa “possa ser uma realidade”.
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Há no entanto ainda por resolver questões relacionadas com horas extraordinárias que os Precários fizeram desde Julho de 2016. Os subcontratados continuaram a fazer 40 horas quando os seus colegas, do quadro, passaram a fazer 35 horas. “Estamos a negociar o pagamento dessas horas com a Low Margin”, disse Carla Jorge acrescentando que o Plenário dos Trabalhadores que chegou a estar previsto para Janeiro foi entretanto adiado.
Gazeta das Caldas questionou o CHO sobre a prevista contratação dos funcionários mas não obteve resposta.
BE questiona Ministério da Saúde
Na sequência desta reunião, o Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Saúde para saber se o governo vai atribuir as verbas necessárias e dar instruções imediatas ao Conselho de Administração do CHO para a contratação directa de todos os trabalhadores que exercem funções permanentes e que são actualmente mediados pela Low Margin, Lda. Questionaram também se o ministério “considera imperioso” acelerar o processo concursal no CHO para que a regularização extraordinária seja rapidamente concluída e ainda se aquela entidade pública está disponível para, junto com o PREVPAP (Programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública), se afectem também as verbas necessárias para o preenchimento dos quadros de pessoal do CHO, através do reforço do número de profissionais em actividade. Segundo o Bloco de Esquerda, dois assistentes operacionais do serviço de medicina do hospital de Torres Vedras demitiram-se devido à falta de condições de trabalho. A estes somam-se mais duas baixas prolongadas logo, o trabalho que antes era realizado por “treze assistentes operacionais recai agora sobre nove”.