Mais de duas dezenas de enfermeiros do serviço de Urgência do Hospital das Caldas recusaram, esta quinta-feira de manhã, aceitar a passagem de turno e concentraram-se em protesto exigindo a contratação de mais profissionais para aquele serviço, que está sobrelotado. Esta foi a forma que encontraram para divulgar as suas reivindicações e denunciar os problemas que, “há vários meses e de forma reiterada, têm sido transmitidos à administração”, explicou à Gazeta das Caldas o delegado sindical do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Ivo Gomes.
Os enfermeiros reuniram com a administração ao início da tarde e a “solução que ficou em cima da mesa é a aplicação do plano de contingência”, explicou o dirigente sindical, especificando que se trata de uma reorganização hospitalar, que prevê que vários serviços reduzam a sua assistência, de modo a escoar os doentes da Urgência. Trata-se de “um avanço, mas que não resolve o problema”, considera Ivo Gomes, acrescentando que irão aguardar para ver os resultados e depois, se for caso disso, iniciarão outras formas de luta.
A solução passa pela contratação de mais profissionais, mas que terá de ser viabilizada pelo governo. O dirigente explica que o CHO pode tentar contratar, mas que não há cabimentação orçamental por parte do ministério das Finanças. “O governo, a 27 de julho, assumiu o compromisso de cumprir o que estava no Orçamento de Estado para 2021, que era a abertura de concurso para enfermeiros, mas ainda não saiu do papel. Seria uma resposta para este problema”, assumiu. Por outro lado, denuncia que os enfermeiros do serviço de Urgência nas Caldas fazem mais de 500 horas extra por mês, o que acarreta riscos de erro profissional e leva a que a prestação de cuidados não seja a ideal e com a celeridade que devia de acontecer.






























