
Uma faixa na frente do serviço de Pediatria, onde se podia ler “1 de Junho 2020 – Dia da Criança” dava nota pública da efeméride que, devido à pandemia, não pôde ser assinalada com a comunidade, tal como estava previsto pela entidade hospitalar. Numa iniciativa simbólica foram libertados cerca de 50 balões biodegradáveis e oferecidas máscaras e outras lembranças às crianças e pais
No ano passado, a data foi assinalada com várias actividades para os filhos dos funcionários e o objectivo da iniciativa deste ano era abrir à comunidade, para desmitificar o funcionamento do hospital junto das crianças. Contudo, a pandemia trocou as voltas a estes profissionais de saúde que, ainda assim, fizeram questão de assinalar simbolicamente o Dia da Criança, com uma faixa frente ao serviço de Pediatria e o lançamento de cerca de meia centena de balões biodegradáveis. Numa associação com a União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório, foram entregues máscaras às crianças e pais que se dirigiram ao serviço, e a Liga dos Amigos do Centro Hospitalar das Caldas ofereceu “polvos de amor”, tricotados pelas voluntárias, aos utentes da consulta externa, recém-nascidos e aos que estão internados na Pediatria.
Foi ainda entregue uma garrafa de água personalizada no rótulo e um livro sobre o coronavírus, de download gratuito na internet aos filhos dos funcionários. A presidente do conselho de administração, Elsa Baião, realçou que apesar das contingências, não quiseram deixar de assinalar a efeméride. Estas acções procuram também lembrar que “as pessoas não precisam de ter medo de vir ao hospital”, disse, realçando que há circuitos autónomos e que é possível ir em segurança cumprindo as regras que estão definidas.
Também Luísa Preto, directora do serviço de Pediatria da unidade caldense do CHO, reconhece que a pandemia baixou a frequência de idas ao hospital e chama a atenção que as pessoas têm que se deslocar a estes equipamentos, ou ao centro de saúde, sempre que acharem necessário e não protelar situações que podem tornar-se graves por medo da Covid 19. “As crianças felizmente são pouco afectadas por este vírus, mas há outras situações que são graves e que também podem por a vida em risco”, adverte.
Ana Simão, coordenadora do Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do CHO, destacou o papel importante que cada cidadão tem na defesa das crianças, dando nota de que, ultimamente, tem-se registado um aumento de casos de maus tratos e de negligência com crianças.
“Não queríamos deixar passar esta oportunidade de lembrar aos pais que existe um núcleo hospitalar e que, no caso de quererem sinalizar ou denunciar algum caso de maus tratos, estamos cá para atendê-los e tentar resolver o problema”, disse a responsável, chamando a atenção para as repercussões que a pandemia está a ter na vida familiar das crianças.
RECOMEÇO DAS OBRAS
O recomeço das obras da ampliação do serviço de urgência do hospital das Caldas está previsto decorrer ainda durante o mês de Junho e com uma duração de três meses, devendo estar terminadas em finais de Setembro. A intervenção, orçada em mais de 1,7 milhões de euros, está a cargo da empresa caldense Construções CLHD, Lda. Arrancou em Janeiro de 2018, com um prazo de execução de 457 dias, prazo este que já foi largamente ultrapassado. A obra foi suspensa há cerca de dois meses, quando o hospital teve que se preparar para fazer face à pandemia e “não havia condições de segurança nem para os funcionários do empreiteiro nem para os utentes e profissionais do hospital”, explicou Elsa Baião. Entretanto foram implementadas algumas adaptações e criado um circuito que permite que as obras continuem, porque não se sabe “quanto tempo mais a pandemia vai demorar”, concretiza a responsável.






























