Os habitantes do Oeste ficarão a partir de meados deste ano com melhores e mais baratas ligações ao coração do país, a partir do momento em que a ligação através da IC9 que vai da Nazaré/Alcobaça até Tomar abrir na totalidade.
Esta nova via, cujo primeiro troço até à AN1 na zona de Aljubarrota já abriu, vai permitir chegar em pouco mais de meia hora a Fátima e em um pouco mais a Ourém e Tomar, em percurso gratuito. A partir daqui pode-se chegar ao IP6 na zona de Torres Novas/Abrantes, seguindo-se depois (em percurso pago) facilmente para Castelo Branco, Portalegre, Covilhã/Guarda e mesmo para Espanha.
Já abriu ao tráfego o lanço do IC9 que liga Nazaré, Alcobaça e a Estrada Nacional 1, a nascente de Aljubarrota. Este lanço abriu ao trânsito na passada sexta-feira, dia 6 de Abril, permitindo a sua utilização no fim-de-semana de Páscoa. E isto só foi possível porque “a conclusão das obras foi antecipada em cerca de 25 dias relativamente à data estabelecida contratualmente”, informou a Estradas de Portugal em comunicado.

Já quanto aos restantes lanços do IC9 que vão ligar a EN1 a Fátima e Ourém, a empresa diz que deverão estar concluídos “até ao final do corrente mês de Abril”. Mas a sua abertura vai depender do tempo que demorar a obtenção das devidas licenças e autorizações, “o que se prevê que ocorra na primeira quinzena de Maio”.
Quando isso acontecer, a Nazaré (EN242) ficará ligada a Tomar (IC3) em cerca de meia hora, permitindo ligar o litoral ao interior com “uma redução do percurso em cerca de 34 km de extensão e em cerca de 20 minutos, conjugado com o aumento substancial das condições de segurança rodoviária”, sustenta a empresa. Ficam ainda beneficiados os acessos aos concelhos de Nazaré, Alcobaça, Batalha, Porto de Mós, Leiria, Ourém e Tomar numa estrada “sem portagem”.
Com a conclusão do IC9 ficam também concluídos os cerca de 110 quilómetros de estrada que integram a Suboncessão Litoral Oeste, apresentada em Março de 2008 pelo primeiro-ministro de então, José Sócrates. O objectivo era não só facilitar o fluxo o litoral e o interior e reduzir a sinistralidade rodoviária em 46%, mas também de impulsionar o Turismo, ligando monumentos e outros locais que atraem tanto os portugueses como os estrangeiros.
A ligação entre a A1 e A8 (IC36) e a Variante da Batalha ao IC2 (A19) são as vias portajadas desta subconcessão. Já o IC9, as variantes de Alcobaça e Nazaré, a Cintura Oriente a Via de Penetração (ambas em Leiria), bem como o IC2, que sofreu alargamentos e melhorias, não têm portagem. Um investimento inicialmente orçado em 459 milhões de euros e relativamente ao qual o Ministério das Obras Públicas responsável pelas empreitadas sempre defendeu que “não sairá qualquer verba do Orçamento do Estado para esta ou para qualquer outra das concessões”, uma vez que “durante 30 anos a empresa concessionária construirá, requalificará e conservará a rede de estradas envolvida”. A empreitada foi adjudicada ao consórcio Auto-Estrada Litoral Oeste (AELO) – do qual fazem parte a Brisa e a Auto-Estradas do Oeste (Somague, Lena, MSF e Novopca), entre outras.
Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt
































Sem Portagem? Esperem pela demora. Também o IC 3 junto a Tomar passaram a chamá-lo de A13 e já se paga e não é pouco. Esperem.