
A Festa das Adiafas, que é o maior evento anual do Cadaval, acabou em beleza na noite do passado domingo, com a eleição da Miss Adiafas. Raquel Oliveira foi a grande vencedora, de um espectáculo que contou com muita animação. Segundo a organização passaram pelo evento 15 mil pessoas.
Este ano passaram pela Festa das Adiafas do Cadaval mais de 15 mil pessoas. O certame terminou este ano em beleza, com a eleição da Miss Adiafas no domingo, dia 27. O objectivo desta aposta, segundo o presidente da Câmara, José Bernardo, “foi acabar a festa em grande, mas origina um trabalho acrescido para os voluntários das tasquinhas”. O formato desta edição irá ser discutido nas reuniões com as associações para definir se se mantém assim no próximo ano.
A entrada manteve-se gratuita, mas este ano foram distribuídas pulseiras, apenas para ter uma forma de contabilizar públicos. “Nos dois sábados recebemos muita gente e o único dia com menos de mil pessoas foi a quarta-feira, foi muito bom!”, exclamou o presidente da Câmara.
Para o elevado número de visitantes o autarca encontra duas explicações: a divulgação televisiva do certame e a meteorologia favorável. “Em final de Outubro com estas temperaturas e sem chover, ajudou a que mais pessoas tenham vindo”.
Entre tasquinhas e restaurantes estiveram presentes treze associações do concelho que envolvem mais de 250 voluntários.
Num concelho que é o maior produtor nacional de pêra rocha e de vinho leve, e num certame dedicado a estes dois produtos, o autarca analisou as colheitas deste ano, em que se espera um decréscimo na quantidade de uvas. “A expectativa é de um ano de menor quantidade e de excelente qualidade, por causa do stress hídrico, que causou o chamado engelhar da uva, provocando uma redução na quantidade de quilos, mas também na quantidade de litros”, realçou José Bernardo, acrescentando que o teor alcoólico “é muito bom”.
Para a pêra rocha foi “um ano normal, de boa produção, depois de um ano anormal e fraco”. Já para as maçãs foi um ano excepcional. “Agora é preciso esperar pela comercialização da fruta, para saber se para os produtores foi um bom ano ou não”.
Aumentos de produção na pêra rocha
Carla Clemente, representante da Coopval no certame, esclareceu que a produção subiu cerca de 25% para um valor a rondar as 24 mil toneladas. “Tivemos um aumento tão grande que foi preciso alugar câmaras de frio”, esclareceu.
Já em relação ao certame, Carla Clemente considerou que em termos de vendas esta edição da festa das Adiafas “foi muito boa”.
Essa é uma ideia corroborada por Artur Pedro, da Frutus. “Foi um bom ano, com um aumento da produção em quantidade e qualidade”, considerou, esclarecendo que a subida se cifrou entre os 20 e os 30%, para um total a rondar as 18 mil toneladas de pêra rocha (às quais se somam mais duas mil toneladas de maçã).
Artur Pedro mostra-se preocupado com a situação do Brexit, mas ainda sem saber como será o futuro. “Não se sabe o que vai dar, vai depender muito do acordo que seja feito”, disse, acrescentando que aquele é um dos mercados mais importantes para a Frutus.
Miss Adiafas é tradição antiga
A gala da Miss Adiafas decorreu no domingo à noite e foi apresentada por José Figueiras, que voltou a ter esta missão cerca de 15 anos depois. O apresentador até cantou o seu famoso “Tirolês”.
A Miss Adiafas deste ano é Raquel Oliveira, que representava a Associação 3Cês. A mesma concorrente havia sido eleita Miss Fotogenia pelo júri. Já a Miss Simpatia, eleita pelas concorrentes, foi Liliana Carloto empatada com Laura Santos.
A 1ª Dama de Honor foi Joana Emídio e a segunda foi Ana Raquel Vitorino.
Concurso de vinhos leves de Lisboa
O certame inclui festival nacional do vinho leve. Este ano realizou-se o 9º concurso de vinhos leves da região de Lisboa, que premiou com medalha de ouro os vinhos “Solar da Marquesa” – Branco Leve – 2018 Moscatel Graúdo (da Casa Agrícola Horácio Nicolau), o “Confraria” – Branco Leve – 2018 Moscatel/ Colheita Seleccionada (da Adega Cooperativa do Cadaval) e o “Além do Rio” Rosado Leve – 2016 (da Adega Cooperativa da Azueira).
Já os vinhos “Quintas das Amoras” Branco Leve – 201, o “Vale Perdido” Branco Leve 2018 Colheita Seleccionada e o “Azulejo” Rosado Leve 2018, (todos da Casa Santos Lima – Compª Vinhas S.A.) receberam medalha de prata, assim como o “Mundus Evolução” Branco Leve 2017 (da Adega Cooperativa da Vermelha), o “Félix Rocha” Branco Leve 2018 Moscatel Graúdo (da Sociedade Agrícola Félix Rocha, Lda.) e o “Sóttal” Branco Leve 2018 (da Companhia Agrícola do Sanguinhal, Lda”.































