Durante as próximas seis semanas os centros de saúde do Bombarral e das Caldas da Rainha vão estar a funcionar durante um horário alargado, incluindo aos fins-de-semana, para fazer face ao elevado número de doentes com gripe.
Desde a passada segunda-feira, 19 de Janeiro, entre as 19h00 e as 22h00, durante a semana, estes dois centros de saúde vão ter equipas para atendimento às pessoas que tenham sintomas de gripe ou de doenças respiratórias associadas a esta doença. O atendimento inclui mesmo pacientes que não pertençam a estas unidades de saúde.
Aos sábados o centro de saúde das Caldas estará a funcionar das 9h00 às 17h00 e o do Bombarral das 9h00 às 13h00. Aos domingos o centro de saúde do Bombarral funciona das 9h00 às 17h00.
Na Nazaré o Serviço de Atendimento Permanente vai continuar a funcionar das 20h00 às 8h00 durante a semana e das 14h00 às 2h00 aos fins-de-semana.
“Estivemos a preparar um plano de contingência para uma eventual epidemia de gripe, que se prevê possa começar dentro de uma semana”, explicou à Gazeta das Caldas a directora do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte, Ana Pisco, no final de uma reunião com o delegado de saúde, Jorge Nunes.
O alargamento do horário de funcionamento pretende dar melhor resposta às necessidades dos utentes e diminuir a afluência destes às urgências do hospital das Caldas. “Isto para que os doentes que efectivamente precisem de ser atendidos no hospital, por os seus casos serem urgentes, tenham melhores condições e os profissionais de saúde tenham capacidade para os atender mais rapidamente e com menos ‘stress’”, explicou Ana Pisco.
A directora do ACES Oeste Norte salientou ainda que a maior parte das unidades de saúde já funcionam até às 20h00 e que os doentes devem descolar-se preferencialmente durante o horário normal de consultas. “Foi pedido a todas as unidades que organizassem o seu trabalho durante estas semanas de forma a poderem atender o maior número de utentes com o mínimo tempo de espera possível, até para não haver perigo de contágio”, referiu.
O certo é que os doentes serão sempre mais rapidamente atendidos se se deslocarem aos centros de saúde, evitando os serviços de urgências. “Estas situações não implicam exames complementares e qualquer unidade de saúde tem capacidade para fazer o que é necessário”, comentou Ana Pisco, acrescentando que também reforçaram os stocks de oxigénio e aerossóis.
A médica aconselha a que as pessoas comecem por ligar para a linha Saúde 24 (808242424), que também iniciou este ano um serviço de atendimento específico para a gripe. Os enfermeiros deste serviço poderão aconselhar a melhor forma de actuar. Para além disso, os utentes devem deslocar-se aos centros de saúde quando tiverem sintomas como tosse, febre, dores musculares e falta de ar.
Antes disso, em casa, podem tentar apenas “um cházinho e tomar paracetamol”. Se não houver melhorias num dia ou dois, devem então recorrer às unidades de saúde.
No caso de ser necessário algum tratamento no hospital, o utente terá sempre um atendimento mais rápido se tiver passado primeiro pelo centro de saúde.
Em qualquer altura, salientou o delegado de saúde, as pessoas podem vacinar-se contra a gripe. A vacinação é “fortemente recomendada para os grupos alvo prioritários, como pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos com seis ou mais meses de idade, grávidas, entre outros grupos de risco”. Apesar da sua administração ser recomendada especialmente em Outubro e Novembro, esta pode ser feita até ao final do Inverno.
Prevenir a gripe
– Lavar as mãos frequentemente, com água e sabão, em especial depois de se assoar, espirrar ou tossir.
– Tapar o nariz e a boca, quando espirrar e tossir, com um lenço de papel ou com o braço e nunca com as mãos. O lenço de papel deve ser de imediato deitado no lixo.






























