Quinze anos depois de ter sido projectado, o Centro Social de Famalicão (Nazaré) abriu finalmente as suas portas no passado dia 15 de Agosto. Um anseio antigo, que só saiu do papel graças ao empenho dos dirigentes da instituição de solidariedade social, “que apesar das dificuldades nunca desistiram”, afiançou o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, na cerimónia de inauguração do novo espaço.
O esforço dos responsáveis e da população foram também salientados pela directora do Centro Distrital de Segurança Social de Leiria, Mara do Céu Mendes, que se referiu à nova casa do centro Social de Famalicão como “uma magnífica obra, que resulta do esforço e tenacidade de muitos”. A responsável prometeu manter os apoios à instituição, que garante várias respostas sociais na freguesia.
Com uma construção faseada, as instalações custaram cerca de 700 mil euros. Na primeira fase foi construída a cozinha, a lavandaria, o refeitório e outras áreas técnicas e de apoio, num investimento superior a 350 mil euros, garantidos através de diversas iniciativas da instituição.
Já na segunda fase, que agora ficou concluída, foram investidos 330 mil euros, dos quais 230 mil são provenientes de fundos comunitários. A restante verba teve de ser garantida pelo Centro Social.
À Gazeta das Caldas o director da instituição, Rui Oliveira, salientou o papel determinante de sócios e população, que “têm tido uma ligação muito grande ao Centro Social”. Uma ligação que se reflecte na resposta às diversas iniciativas de angariação de fundos, como almoços e peditórios.
As novas instalações aguardam a emissão de licenças para entrar em funcionamento, o que Rui Oliveira acredita que possa acontecer durante o mês de Setembro.
As valências que até agora funcionavam em instalações provisórias – creche, apoio domiciliário e cantina social do concelho da Nazaré, que assegura cem refeições diárias – vão contar com melhores condições. A nova casa, um “um enorme salto qualitativo” da instituição, permite ainda criar um centro de dia com capacidade para 40 utentes e a entrada em funcionamento desta nova valência é, o actual desafio da direcção.
Mas há outros projectos no horizonte. Rui Oliveira, fala na vontade de construir um lar residencial. O projecto de arquitectura já está a ser trabalhado, mas este é “um projecto que remetemos para 2015”, esclarece. Antes de avançar com mais uma valência, “é preciso sustentar os atuais serviços”.
O encontro intergeracional deverá marcar o dia-a-dia da instituição que quer chamar a si a população que a ajudou a crescer. Para que isso aconteça, a instituição vai servir de palco a espectáculos e eventos culturais.
Joana Fialho
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