Centro de Apoio Social de São Gregório inagurado 22 anos depois

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Gazeta das Caldas

2-IMG_6030No passado domingo foi inaugurado o Centro de Apoio Social de São Gregório, numa cerimónia muito participada em que foram assinados os protocolos de cooperação com a Segurança Social, entidade que garante o apoio financeiro. Mais de 20 anos depois de ser constituído, o centro construiu finalmente as suas instalações e começou a funcionar. Arrancou com a creche praticamente lotada. A obra custou 600 mil euros e foi comparticipada por fundos comunitários em 80%. Neste momento as Caldas tem instituições sociais deste tipo em todas as freguesias do concelho.

O Centro de Apoio Social de São Gregório começou a funcionar em Setembro, mas apenas foi inaugurado no passado domingo. Foi um dia de festa para a população que acorreu em peso ao local para ver a recente obra e para o almoço convívio.
A instituição já havia sido criada em 1993, há 22 anos, mas nunca funcionou. Em 2009, já depois de ver duas candidaturas ao programa PARES recusadas, viu um projecto com as respostas sociais de creche e serviço de apoio domiciliário ser aprovado.
Agora, em 2015, viu a obra ser concluída, começar a funcionar e ser inaugurada. Financiado pelo fundo comunitário Mais Centro em 80% dos 600 mil euros que custou, o Centro de Apoio Social de São Gregório tem capacidade para 33 crianças em creche e 40 utentes em serviço de apoio domiciliário (SAD). Arrancou em Setembro com 27 crianças e seis idosos em SAD. Já conta com 10 profissionais.
Ana Maria Tibúrcio, presidente da direcção, contou que “o período que medeia o acto constitutivo à data da inauguração, 22 anos, demonstra bem as dificuldades que fomos encontrando”. No entanto, sublinhou que tal só foi possível porque o Centro teve sempre como parceiros, Câmara, a Junta de Freguesia e a população “que muito nos ajudou com donativos e comparecendo nos eventos por nós realizados”.
A presidente da direcção justificou ainda que “só não temos a capacidade máxima atingida em creche porque no momento não dispomos de meio de transporte para dar resposta às solicitações”.
Maria do Céu Mendes, directora do Centro Distrital da Segurança Social de Leiria, disse que “a Segurança Social desde o primeiro momento acompanhou tecnicamente este projecto” e que a partir daquele momento se disponibilizava a apoiá-lo financeiramente tal como está previsto nos protocolos que foram assinados.
Felicitando a Câmara pela “grande preocupação social demonstrada neste concelho”, destacou que “as taxas de cobertura nas Caldas da Rainha são bastante razoáveis, relativamente à média do distrito e relativamente à média nacional”.
Tinta Ferreira, presidente da Câmara, salientou esse facto, relevando que todas as 16 freguesias do concelho terem instituições sociais de referência que prestam apoio social às crianças e idosos.
Relativamente a esta obra explicou o  atraso com “um Inverno muito rigoroso no final de 2013 que não ajudou a que a obra fosse feita depressa”. O período em que as empresas de construção civil passaram grandes dificuldades e o facto de a zona da obra ser de terras com muito barro, também ajudam, segundo o edil, a explicar os atrasos. Ainda assim, “o trabalho está bem feito, com bons acabamentos o que significa que houve o cuidado de fazer as coisas com qualidade”, garantiu Tinta Ferreira.
Vítor Marques, presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, afirmou que sendo esta uma obra da freguesia, “não se encerra na sua área geográfica, nos seus 14 quilómetros quadrados e nos seus 1000 habitantes e é hoje uma obra de âmbito concelhio, pelos apoios e pelo recrutamento de utentes, quer na creche quer na SAD”.
A população acorreu em peso ao evento. Gazeta das Caldas procurou perceber a utilidade desta obra para quem ali vive. Alice Reis não teve dúvidas em afirmar que “o Centro de Apoio Social é importante para as crianças, porque os pais trabalham e para os idosos o serviço de apoio ao domícilio é uma mais-valia”, considerando que “o edifício é muito bonito, está muito bem estruturado, está uma maravilha”.
Olhando à volta destaca que está “bastante gente e vê-se que as pessoas estão bastante satisfeitas” e não hesita em afirmar que “fazia falta à freguesia”.
Faustino Reis, também de São Gregório, é da mesma opinião. “Trata-se de uma obra importante para a população, fazia falta para as crianças e para as pessoas de mais idade”.

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