Célia Antunes é a nova presidente

A tomada de posse decorreu no passado dia 22 de Setembro, no âmbito da cerimónia de oitavo aniversário do clube e onde foram também homenageadas várias mulheres caldenses, enquanto que outras deram o seu testemunho numa tertúlia sobre “Liderança no Feminino”.

“Este clube ajudou o Olha-te e agora senti a necessidade de o servir”. Foi desta forma que Célia Antunes, também presidente do projecto de apoio a pessoas com cancro e seus familiares, explicou por que decidiu aceitar o convite para liderar este clube que tem

por missão melhorar a vida das mulheres em comunidades locais e através do mundo. Um desafio que se torna ainda mais aliciante quando o tema do clube para o próximo biénio – Educar para Liderar – tem ”

subjacente um trabalho que temos vindo a realizar no Olha-te, nomeadamente na construção interior do ser humano”, acrescentou.

Célia Antunes explicou que o clube caldense tem cinco eixos de actuação: a educação, o ambiente, a igualdade de oportunidades, eliminar a violência de género e a saúde, e sublinhou a “elevada qualidade” dos membros caldenses, que contribuirão para levar a bom porto os objectivos a que se propõem. A nova responsável pelo clube destacou ainda que um dos membros, Helena Monteiro de Castro, será a próxima presidente da Soroptimist International União de Portugal (que integra os nove clubes existentes no país).

A jovem sucede a Margarida Rodrigues que liderou o clube entre 2013 e 2015, sob o lema “Let’s go Green”. Entre os principais projectos desenvolvidos, estão um workshop sobre a produção do mel e a importância que as abelhas têm na protecção do ambiente, e um outro sobre agricultura biológica. Dinamizaram um passeio botânico pelo Parque D. Carlos I e a Mata, orientado pela arquitecta paisagística Cristina Reboleira, e participaram num circuito de spa na Thalasso Nazaré.

“Não fizemos muitas actividades, mas tomámos conhecimento de todo o património verde que nos serve para, no futuro, podermos criar projectos de ajuda à comunidade”, disse Margarida Rodrigues, acrescentando que já existem algumas ideias.

Oito mulheres homenageadas

Em dia de festa foram homenageadas oito caldenses que se destacam pela sua “coragem, simplicidade e resiliência no seu trajecto de vida”. A primeira distinguida foi a enfermeira paraquedista Maria Augusta Fontes Vieira Lino, que começou a trabalhar no Hospital da Força Aérea na Ilha Terceira (Açores) em 1966, e dois anos depois foi para Moçambique em plena guerra do Ultramar. Em 1972 regressou definitivamente a Portugal para trabalhar no Estado Maior da Força Aérea.

Outra das homenageadas foi Maria Luzia Engenheiro, de 89 anos, a comerciante mais antiga do concelho e proprietária da Perfumaria Bongosto, junto à Praça da Fruta. Começou a trabalhar nesta perfumaria em 1950, como empregada e 10 anos depois adquiriu a loja que ainda mantém até hoje.

A vendedora de bolos, cavacas e beijinhos das Caldas, na Praça da Fruta, Isabel Alves, também foi distinguida pelo clube. Aos 77 anos continua a vender diariamente no mercado, actividade que cumpre há cerca de 40 anos.

Luciana Belchior, funcionária da Fábrica Bordalo Pinheiro há 42 anos, foi a quarta distinguida, assim como a professora Deolinda Ribeiro (a título póstumo), que foi a primeira mulher a escrever uma tese de doutoramento sobre a Rainha D. Leonor.

Distinguidas foram ainda Sara Neves, chefe de Esquadra da PSP das Caldas da Rainha, a enfermeira Maria Estefânia Barreto e Ana Maria Jesus, que foi a primeira mulher major do Exército formada pela Academia Militar.

Do evento fez ainda parte uma tertúlia sobre “Liderança no Feminino” com a participação de várias mulheres que ocupam cargos de chefia.