No Oeste, apenas Torres Vedras foi contemplada e terá direito a uma verba de 800 mil euros em quatro anos. Candidatura da Culturcaldas recebeu nota negativa do júri
O CCC ficou de fora da lista de 38 equipamentos culturais vencedores da primeira edição do Concurso de Apoio à Programação da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, programa da Direção-Geral das Artes (DGArtes) que vai distribuir apoios para programação, em patamares entre os 50 e os 200 mil euros/ano, ao longo dos próximos quatro anos.
No Oeste, o Teatro Cine de Torres Vedras foi o único espaço apoiado, tendo aquele equipamento apresentado uma candidatura ao patamar máximo de 200 mil euros/ano, que obteve uma nota de aprovação de 71,65%.
No caso do CCC, a candidatura formalizada pela Culturcaldas – Associação de Produção, Gestão e Desenvolvimento Cultural foi dirigida ao patamar intermédio dos 100 mil euros/ano, mas recebeu uma nota de 45,45% e não foi proposta para apoio por parte do júri. Segundo o aviso do concurso, para garantir financiamento, as candidaturas tinham de obter uma nota mínima de 60%, pelo que a proposta ficou aquém dos mínimos exigíveis pela Direção-Geral das Artes.
No distrito, o Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, viu ser atribuído um montante global de 800 mil euros para os próximos quatro anos, enquanto o Teatro Cine de Pombal, que concorreu ao patamar dos 100 mil euros, também teve a candidatura com nota negativa (49,80%).
Os resultados deste concurso da DGArtes foram conhecidos na semana passada, decorrendo ainda o período de audiência de interessados. Contudo, a Câmara das Caldas da Rainha decidiu não recorrer da decisão do júri.
Em declarações à Gazeta, a vereadora da Cultura da Câmara das Caldas, explicou que a candidatura apresentada em dezembro do ano passado foi “construída pelo anterior diretor” do CCC, Carlos Mota, que cessou funções em fevereiro último, num momento de transição entre os executivos, o que prejudicou o processo.
Conceição Henriques salienta que “os reparos que são apresentados pelo júri” na proposta de decisão “fazem algum sentido”, nomeadamente no que diz respeito ao facto de haver “pouco recurso a agentes culturais locais” e ao facto de a orçamentação “estar pouco descriminada e não apresentando estratégias que permitam aferir a captação ou articulação financeira.”
“Tendo em conta a fundamentação decidimos não recorrer”, frisa a autarca, que considera que o “período de transição” que a Culturcaldas vive terá tido um impacto negativo na candidatura. “Lamentamos que não tenha sido aprovada, mas podemos assegurar que a programação do CCC não vai ser alterada em função desta decisão”, até porque “parte substancial do que constava na candidatura vai manter-se”. ■
Processo de escolha do novo diretor do CCC deve estar concluído em setembro
A Culturcaldas – Associação de Produção, Gestão e Desenvolvimento Cultural apresta-se para lançar o procedimento concursal de recrutamento para a escolha do novo diretor do CCC, admitindo-se que o sucessor de Carlos Mota entre em funções em setembro, a tempo de preparar a programação para 2022/2023.
Estava marcada para ontem a primeira reunião do júri que vai proceder à escolha e que inclui, além de Pedro Brás, presidente da Direção da associação e da União de Freguesias de Caldas – Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, e da vereadora Conceição Henriques, outros três nomes da sociedade civil: João Santos, diretor da ESAD, o artista caldense João Paulo Feliciano e Elísio Summavielle, antigo secretário de Estado da Cultura.
A definição do procedimento concursal “demorou mais tempo que o previsto”, porque a entidade queria “constituir um júri heterogéneo, isento e respondesse a várias áreas”, explica a vereadora da Cultura, que espera “conseguir atrair alguém que apresente um projeto a três anos” para “um novo ciclo” naquele equipamento cultural.
O novo diretor deve entrar em funções em setembro e será o vencedor de um procedimento dividido em duas etapas: haverá uma 1ª fase de manifestação de interesse, em que o júri selecionará alguns candidatos; depois de escolhido um grupo restrito, será lançado o desafio de selecionar a melhor proposta. ■






























