
Carlos Querido
Comissão do Centenário
da Gazeta das Caldas
Diz a lenda que as Cavacas das Caldas tiveram início na Fanadia, divulgadas por Gertrudes e Rosalina Carlota, doceiras da Corte de D. Carlos, que haviam regressado à aldeia de origem após o assassinato do rei em 1908.
Mas a lenda não resiste à história documentada
Muito antes do regicídio, em 1862, já Júlio Machado Vaz escrevia sobre o doce tradicional caldense, tema frequente na publicação “Pontos nos ii” de Rafael Bordalo, que as refere pela primeira vez na edição de 27 de junho de 1885.
A Gazeta das Caldas, na edição de 5 de setembro de 1926, enumera 15 Cavacarias caldenses, figurando em primeiro lugar a Cavacaria Machado (Antiga Casa Fausta), e em segundo a Cavacaria das Mendricas, onde habitualmente se reuniam Bordalo Pinheiro, Columbano e Gomes de Avelar (editor do periódico Cavacos das Caldas).
Certo é que as Cavacas das Caldas, até pela sua designação, são o doce mais antigo identificado com a nossa Cidade.
Por tal razão, não podiam deixar de integrar a lista de produtos típicos da cidade e da região transportados na Carrinha que, Cem Anos depois, percorre as estradas do País na reconstituição do Circuito Hípico vencido pelo Cavaleiro Caldense José Tanganho.
A par dos pães-de-ló da Centenária Casa de Alfeizerão, as Cavacas das Caldas serão distribuídas pelas “70 vilas e cidades” do percurso.
Não há festa nem arraial na região sem a presença da Confeitaria Monteverde, empresa que detém as marcas “Avó Elvira” e “Fábrica de Cavacas das Caldas”, uma fábrica de portas sempre abertas ao apoio dos eventos promovidos pelas associações locais.
Com a sua habitual generosidade, o gerente Eduardo Loureiro mandou proceder à produção de quase Cem Sacos de “Cavacas e Beijinhos das Caldas” que irão adoçar a boca de quem recebe a “Embaixada Caldense” de homenagem a José Tanganho e ao Circuito Centenário.
Aqui fica o merecido agradecimento.































