Castanhas e S. Martinho na Praça da Fruta

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1-selo No próximo dia 14 de Novembro, o Museu do Ciclismo realiza um grande evento que vai dar destaque à castanha e ao S. Martinho.
Está previsto que haja vendedores trajados à época a assar castanhas na Praça, bem como desfiles de ciclismo etnográfico e uma conferência que liga as Caldas da Rainha a Sernancelhe, terra da castanha através de duas figuras históricas: o escritor Aquilino Ribeiro o seu dilecto amigo o caldense Raul Proença.
A Praça da Fruta será o palco para um grande S. Martinho que vai contar ainda com o regresso do Mercado Cria dedicado à venda de produtos do Outono como licores, frutos secos e ervas aromáticas.
Mais uma iniciativa de Mário Lino, r2-AquilinoRibeiRauulProencaesponsável pelo Museu do Ciclismo e mentor frequente de realizações que cruzam pessoas, temáticas e realizações.

Vai realizar-se  a 14 de Novembro, a partir das 15h30, no Museu de Ciclismo, a conferência sobre o tema “Aquilino Ribeiro e a Mística da Castanha e do Castanheiro”.  Segundo Mário Lino, o organizador deste evento, esta intervenção será proferida por um membro da Confraria dos soutos da Lapa de Sernancelhe, para recordar que a castanha era um alimento muito comum na gastronomia portuguesa que só foi substituído, mais tarde, pela batata.
Aquilino Ribeiro é considerado um dos romancistas mais fecundos do século XX, tendo iniciado a sua obra em 1907 com o folhetim  “A Filha do Jardineiro”. É também autor de “A Vida Sinuosa”, “Terras de Demo”, “A Casa Grande de Romarigães”, entre outros. Era amigo grande amigo do caldense Raul Proença, o qual, em 1919, o convidou para o cargo de segundo bibliotecário da Biblioteca Nacional de Lisboa.
Foi a partir do grupo de intelectuais desta instituição que nasceu a revista Seara Nova, da qual Aquilino e Proença foram membros destacados. Colaborou ainda no “Guia de Portugal”, dirigido por Raul Proença. Aquilino Ribeiro nasceu em Sernancelhe, capital da Castanha. “Queremos relembrar a amizade e ligação entre estes dois homens das letras”, disse o organizador da iniciativa, Mário Lino.
A conferência será antecedida pela inauguração de duas exposições de fotografia daquele responsável. Uma, intitulada Trilhos de Aguas (da qual fazem parte imagens das Caldas e de Figueiró dos Vinhos) e ainda uma outra mostra, com fotografias que o responsável pelo Museu do Ciclismo captou em Sernancelhe sob o mesmo tema.

Vendedores de castanhas com trajes antigos

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A partir das 17h00, na Praça da Fruta, terá lugar a recriação histórica “Atiçar as Brasas”, durante a qual serão encenada situações reais com os vendedores de castanha assada. Já estão inscritas 38 pessoas “mas nós pretendemos chegar aos 50 participantes”, disse Mário Lino. O organizador também quer mostrar os trajes do passado e por isso convida os participantes a vestir como se fazia nos 40 e 50.
Os fogareiros e assadores, moldados em barro vermelho que serviram para assar as castanhas no tempo dos nossos avós, têm também o mérito de “homenagear os oleiros e as olarias de outros tempos das Caldas”, disse Mário Lino à Gazeta das Caldas.
As castanhas vão ser distribuídas gratuitamente pelo público. À mesma hora decorrerá o Mercado Cria que será dedicado à venda de produtos do Outono como licores, frutos secos e ervas aromáticas.
Às 21h45, também na Praça, está previsto um desfile de “Ciclismo Etnográfico – Trajes e Bicicletas antigas” que será seguida por animação com folclore, acordeão e música popular.
Este iniciativa conta com o apoio das Câmara das Caldas e de Figueiró dos Vinhos, do Mercado Cria, da Junta de Freguesia, do Rancho da Fanadia, do Louriçal, dos Amigos da Natureza do Campo, dos grupo das bicicletas das Caldas e de Óbidos e da Confraria da Castanha.

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