Além dos edifícios, muitas pessoas apostam na recuperação de móveis antigos para dar um toque pessoal às habitações

A procura de habitações por estrangeiros é uma das grandes tendências do mercado. Aqueles clientes valorizam as tradições nacionais e estão dispostos a pagar mais. O crescimento do investimento na reabilitação urbana no distrito tem criado novas oportunidades de negócio, mas não apenas ao nível da construção civil. É que, para acompanhar os prédios e casas alvo de reconstrução, há muitos clientes que pretendem, também, dar um toque pessoal às habitações, nomeadamente com a recuperação de mobiliário vintage. A possibilidade de dar novo uso a material antigo permite, por outro lado, poupar alguns euros, o que, aliado às questões ambientais, é mais uma vantagem competitiva

No distrito de Leiria foi concluída, em 2018, a reabilitação de 285 edifícios, mais 4,1% do que dois anos antes.  Estes números comprovam o investimento que tem sido dedicado a este sector que, para além da construção, também abre novas oportunidades de negócio, nomeadamente para a decoração de interiores e exteriores.
Se analisarmos os concelhos capitais de distrito, o Porto segue na dianteira (287) da reabilitação, claramente à frente de Lisboa (175), enquanto Leiria (111) cresceu 166,6% no espaço de dois anos e apresenta uma boa performance.
Neste particular, olhando os números por concelhos, Leiria encabeçou os municípios com maior número de edifícios reabilitados (27) em 2018, embora com uma curta vantagem sobre Peniche e Porto de Mós (24 cada um). Alcobaça surge na 4ª posição deste ranking distrital (17), segundo os últimos dados disponíveis.
No que diz respeito aos edifícios reabilitados e concluídos, foram 2.423 em todo o país no ano de 2018, uma subida de 25% relativamente a 2016.
No distrito de Leiria foram terminadas as obras num total de 116 edifícios, apresentando, assim, um incremento de 17,1% relativamente a 2016.
Na região, a seguir surgem Alcobaça (13 edifícios) Nazaré (11) e Peniche (10).
Nos concelhos capitais de distrito lidera o Porto (219), à frente de Lisboa (170) e Braga (43), enquanto Leiria (27) está na 6ª posição, com uma subida de 350% em relação a 2016.

mais OPORTUNIDADES

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O aumento do número de projectos de reabilitação urbana está directamente relacionado com o crescimento do turismo no nosso país. Há cada vez mais estrangeiros a escolher Portugal para passar férias, o que tem originado a criação de inúmeros negócios ligados ao alojamento particular e ao aumento do número de camas disponibilizadas pela hotelaria.
Por outro lado, também tem vindo a crescer o número de estrangeiros que escolhem o nosso país para fixar residência, procurando, por norma, localizações privilegiadas junto ao mar ou à serra e apostando, muitas vezes, na recuperação de imóveis devolutos.
Esta tendência é particularmente notória na nossa região, com projectos como a Eco Sustainable Residences, na Serra dos Mangues (São Martinho do Porto), que é composto por um conjunto de seis moradias, três unifamiliares, duas multifamiliares e outra que resulta da conversão de um moinho.
Neste projecto, a preocupação com a sustentabilidade é notória, e, segundo o promotor, “não se limitam apenas aos materiais”, mas também à forma como serão efectuados os aproveitamentos dos recursos naturais (água, vento e sol).

do velho se faz novo

O bom momento do sector imobiliário tem também reflexo directo no sector do mobiliário, que também tem vindo a crescer de forma sustentável e a ganhar espaço com as novas tendências do mercado que observam, precisamente, regras ligadas à sustentabilidade ambiental.
A recuperação de móveis e outras peças de decoração é cada vez mais valorizada pelo perfil de cliente que denota maiores preocupações com o ambiente e, por isso, está disposto a pagar mais para poder “orgulhar-se” de dar novo uso a peças antigas .
O chamado mercado vintage cresce a olhos vistos e, além disso, ainda permite poupar alguns euros, o que também pode ser outro factor motivacional.

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