
A Casa do Povo de Alfeizerão está sem direcção e depende de um grupo de amigos que a vai manter em gestão corrente até ao fim do ano.
No dia 13 de Maio, a assembleia geral ordinária desta instituição aprovou por unanimidade as contas de gerência de 2011, mas chegada a hora de avançar com uma nova direcção, não apareceu ninguém.
Entre os 40 sócios presentes, que representavam 10% da sua totalidade, ninguém se mostrou disponível, nem mesmo para formar uma comissão administrativa. Ficou bem patente a falta de interesse dos associados por uma instituição que vai a caminho do centenário.
José António Brilhante, presidente do Conselho Fiscal, lamentou o alheamento das pessoas neste momento tão importante para a vida da colectividade. Relativamente à situação financeira da Casa do Povo disse “que não é desafogada, mas graças a uma gestão de rigor temos conseguido equilibrar as contas. Todavia, se o sistema não for alterado, tenho dúvidas que esta Casa tenha viabilidade. Provavelmente quem vier a seguir (se vier), não conseguirá suportar as despesas correntes senão tomar uma atitude firme, como por exemplo, fechar o bar uma vez por semana ou reduzir o horário do seu funcionamento”.
No debate com os sócios presentes, foi referido que a gente jovem não aparece nestas alturas para apresentar propostas e envolver-se na vida da colectividade no sentido de lhe dar uma nova dinâmica. Fazer críticas não basta, porque o futuro que se avizinha não é fácil. Monteiro de Castro, presidente da mesa, esforçou-se mais uma vez por conseguir desbloquear a situação, mas não foi ouvido. Afirmou que “não faz sentido que a Casa do Povo encerre as suas portas, quando tem condições de seguir em frente. Muitas vezes os associados, porque não comparecem, são os culpados pela continuidade das direcções”.
Assim, repetiu-se o que já foi dito em assembleias anteriores e para que a Casa do Povo funcione, pelo menos até ao fim do ano, um grupo de amigos formado pelo presidente da mesa, os três elementos do Conselho Fiscal e mais três elementos da Comissão Administrativa tomaram o compromisso de fazer a gestão da colectividade até àquela data.
T. Antunes






























