“Prevenir em vez de remediar, incentivar em vez de assistir”. É desta forma que a vice-presidente da Câmara do Cadaval, Eugénia Correia, entende a intervenção social.
A frase foi proferida no encerramento do colóquio sobre “Intervenção Social Integrada”, que teve lugar a 17 de Janeiro, no cine-auditório dos bombeiros do Cadaval.
Na sua opinião, a caridade pura e o auxílio prolongado favorecem a exclusão social e não são a resposta ao problema.
A vereadora entende que o auxílio social deve ser temporário e funcionar como ponte entre os estados de dependência e independência de um cidadão em dificuldade.
No colóquio, a autarca explicou que a criação da Rede Social do Cadaval teve como objectivos mitigar as desigualdades sociais no concelho promovendo a coesão social. No entanto, disse, foram os constrangimentos identificados ao nível do atendimento e acompanhamento social que fizeram com que surgisse a necessidade de repensar a acção social no concelho, de acordo com o novo conceito de Intervenção Social Integrada.
Aristides Sécio, presidente da Câmara e do Conselho Local de Acção Social, referiu ser essencial “fazer a caracterização do perfil do carenciado moderno”. O edil cadavalense defendeu também que “o técnico social deve ter uma grande componente de trabalho humanitário” e “algum espaço de manobra para que possa intervir de imediato“ nas situações que o exijam.
A procura de respostas céleres para casos de intervenção urgente, contornando-se burocracias e procedimentos morosos, foi defendida pela maior parte dos oradores.
Maria da Luz Rosinha, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, reconheceu existir “uma dificuldade de actuação muito grande, que tem de ser rapidamente resolvida do ponto de vista legislativo e burocrático”.
A interlocutora da Associação Nacional dos Municípios Portugueses para as questões sociais entende ser necessário “dar mais poder às entidades representantes do Estado”, nomeadamente os serviços locais de Segurança Social, para uma actuação mais rápida por quem está mais próximo.
P.A.






























