Câmaras de videovigilância podem ajudar a resolver situações de perigo

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Notícias das CaldasCaldas da Rainha recebeu, a 8 de Maio, um evento da Oni, empresa responsável pelo maior projecto de videovigilância IP da europa, onde foram apresentadas em tempo real uma série de situações em que as câmaras podem ajudar a prevenir a resolver situações de perigo.
Em causa estão situações como infracções na estrada (automóveis em contramão ou mal estacionados), segurança dos cidadãos (aglomerações inesperadas de pessoas ou objectos abandonados) e detecção de incêndios em áreas florestais.
O CCC foi o local escolhido para esta demonstração, em directo de vários locais do concelho, tendo em conta que a autarquia caldense tem instaladas mais de 100 câmaras de videovigilância em infra-estruturas públicas (Passos do Concelho, biblioteca, piscinas municipais e pavilhões desportivos, entre outros locais).

Na abertura do evento esteve presente o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo d’Ávila, que aproveitou para falar sobre a lei nº9 de 2012, que regula a utilização de câmaras de vídeo pelas forças e serviços de segurança em locais públicos de utilização comum. A nova lei permitiu alargar as possibilidades de utilização da videovigilância em espaços públicos. “Estes novos sistemas devem ser vistos como sistemas de protecção e não como sistemas de vigilância”, salientou o governante.
Filipe Lobo d’Ávila lembrou que esta lei causou muita polémica quando foi apresentada pelo governo, mas “não fugimos ao debate” e esta acabou por ser aprovada. “Nós não queremos vigiar ninguém, queremos proteger as pessoas”, garantiu.

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Cerca de 100 câmaras em espaços da autarquia

O vereador Tinta Ferreira explicou que a Câmara das Caldas aceitou participar na organização deste evento como forma de apresentar publicamente o trabalho que tem sido feito nesta matéria no concelho. “Num momento em que a situação económica do país é difícil, a possibilidade de surgirem situações menos seguras é maior. Os problemas de exclusão social podem contribuir para surgirem alguns problemas de insegurança”, referiu, defendendo que a videovigilância pode fazer aumentar a segurança dos espaços públicos.
“O município decidiu dar o exemplo nos seus equipamentos e estabelecemos uma rede de videovigilância por todos os edifícios da Câmara”, informou. Curiosamente, a central dessa rede está instalada no CCC. A instalação de todo o sistema foi realizado pela Oni e a autarquia contratou uma empresa de segurança para a vigilância das imagens.
Segundo o vereador, outras entidades caldenses poderão integrar esta rede, estabelecendo uma parceria com o município. Embora todas as juntas de freguesia já possam usufruir deste serviço, apenas as de Alvorninha e A-dos-Francos aderiram. A junta de Nossa Senhora do Pópulo vai instalar em breve câmaras de vigilância.
Dirigindo-se ao secretário de Estado da Administração Interna, Tinta Ferreira referiu que na última reunião da Assembleia Municipal tinha sido discutida a segurança do concelho e, apesar das estatísticas não o revelarem, há “um sentimento generalizado de algum aumento de insegurança”. O autarca pediu uma maior atenção para o concelho, até pela sua proximidade de Lisboa, e um reforço dos meios humanos na esquadra da Caldas.
Durante a sessão, Emanuel Pontes, responsável pelo departamento técnico da Câmara das Caldas, explicou que a rede instalada no concelho faz parte de um trabalho que está a ser dinamizado há mais de 10 anos. P.A.

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