Câmara garante apoio para obras na Obstetrícia

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A cerimónia decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho

Parceria entre a câmara das Caldas e o CHO permite a realização de intervenções e formalizar outras já em curso

A câmara das Caldas da Rainha vai comparticipar, com 400 mil euros, as obras da Obstetrícia previstas realizar no Hospital das Caldas, assim como a aquisição de equipamentos.
O protocolo de parceria entre a autarquia e o CHO, firmado a 12 de maio, prevê o apoio para a requalificação de uma resposta hospitalar que está numa situação de degradação em termos de infraestrutura.
“São mais de 30 anos sem uma intervenção profunda”, disse a presidente do conselho de administração do CHO, Elsa Baião, acrescentando que a entidade está a iniciar o projeto para a intervenção numa valência que dá resposta a toda a região. Este serviço serve um universo de mais de 151 mil mulheres da região.
A verba está consagrada nas grandes opções do plano do município, de 2021 a 23, com o presidente da câmara, Tinta Ferreira, a realçar que é “fundamental que o Serviço de Obstetrícia, que foi considerado essencial no Hospital das Caldas, reúna as condições adequadas para o seu funcionamento”.
O protocolo prevê, ainda, a colaboração no futuro desenvolvimento em investigação na área dos efeitos medicinais e curativos dos tratamentos termais, assim como a definição de vantagens aos utentes do CHO nos tratamentos termais.
Aprofundar a parceria para a realização de visitas turísticas e culturais feitas pelo Museu do Hospital ao Património Termal é outro dos objetivos protocolados.
O Serviço de Medicina Física e Reabilitação vai continuar a funcionar em dois andares do Hospital Termal, enquanto não for encontrada uma localização definitiva para esses serviços.
A câmara, que tem a cedência do Hospital Termal, continuará a assegurar os serviços de portaria e vigilância, a fornecer a energia elétrica aos serviços, permitir a utilização da ala de internamento do 2º piso, disponibilizar o espaço de residência para hospedagem temporária de médicos ou de outro pessoal especializado, bem como garantir a operacionalidade dos elevadores e do aquecimento central do edifício do Hospital Termal.
Já o CHO deverá, além de assegurar a limpeza nos serviços, realizar nas suas instalações a esterilização dos instrumentos e equipamentos usados nos tratamentos termais, tratar dos resíduos e lixos hospitalares que resultem das atividades termais e hospitalares prestadas.

Parceria ao nível da investigação em termalismo, requalificações e cedência de instalações

Recuperação do Jardim de Água
As duas entidades irão celebrar, ainda, um acordo para a manutenção conjunta do Jardim de Água, de Ferreira da Silva, no prazo de 120 dias.
Elsa Baião reconheceu que se trata de uma “obra com relevo na cidade” e que, muitas vezes, sente “uma impotência enorme” por não lhe poder dar “todo o carinho que merece”, por haver “outras prioridades em termos de investimento” na saúde.
O projeto a realizar terá em conta a iluminação do local, a recuperação dos materiais cerâmicos e ainda terá de haver uma decisão técnica sobre a possibilidade de utilização de água no monumento, por causa dos aquíferos.
Foi, ainda, protocolada a utilização do parque de estacionamento junto do Chafariz das Cinco Bicas, de modo a permitir o estacionamento de autocarros turísticos aos fins de semana. Os serviços estão a trabalhar em conjunto na definição das cancelas e sistemas de entrada e saída. No entanto, e de acordo com Tinta Ferreira, não é previsível que a utilização por parte dos autocarros seja para breve, tendo em conta que o estacionamento do hospital está limitado devido às obras e ainda não se verifica uma grande procura turística.

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