Câmara de Peniche quer mais verbas para a Berlenga

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Visitantes pagaram taxas no total de 83 mil euros em 2022

O Município de Peniche defende que parte das receitas provenientes da taxa turística cobrada aos visitantes das Berlengas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que no ano passado rendeu 83 mil euros, deve comparticipar os gastos anuais da edilidade neste espaço protegido. O presidente da câmara, Henrique Bertino, explicou à Gazeta que em causa estão despesas relacionadas, por exemplo, com a recolha e transporte do lixo para terra e o abastecimento de água. Com uma carga máxima diária permitida pelo regulamento de 550 pessoas na ilha, em simultâneo, foram vendidos 62.045 bilhetes em 2022.
Cobrada pela primeira vez em Abril do ano passado, a taxa turística diária de três euros fixada para os visitantes (isento até aos 6 anos e entre os 6 e os 18 e maiores de 65 pagam metade), através de um registo ‘online’ na plataforma ‘Berlengas.Pass’, foi a grande novidade no acesso à única ilha visitável da Reserva Natural das Berlengas. Henrique Bertino alimentou a expectativa de que “a receita devia ser maior”. Recorda, a propósito, que “apoiámos a implementação desta medida, correndo até alguns riscos de ordem política, tendo em atenção a preservação da própria ilha”. Isso mesmo foi transmitido pelo autarca na reunião da Comissão de Cogestão da Reserva Natural das Berlengas, por si presidida, que reuniu na segunda-feira.
Henrique Bertino revelou que em Março deverá começar a instalação das novas condutas de abastecimento de água no Bairro dos Pescadores e na zona do Castelinho. E vão iniciar a experiência de compactação dos resíduos sólidos para diminuição do volume a trazer para terra, com recurso a uma máquina adquirida para o efeito. A contratação dos projetos para as obras nos cais do Carreiro do Mosteiro e do Forte de S. João Baptista. as falésias junto à única praia balnear da ilha estão a ser objeto de conversações com o Ministério do Ambiente para a apresentação de uma candidatura a fundos comunitários. “São objetivos que não abandonámos”, garante. ■

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