A Câmara Municipal de Alcobaça vai avançar com o emparedamento dos pisos inferiores do Prédio Tomás Fonseca, na Benedita. Uma medida de segurança há muito reivindicada na freguesia onde o edifício tem sido foco de preocupações nas últimas décadas, sobretudo devido à proximidade das escolas.Licenciado há mais de 30 anos, o prédio megalómano está há mais de duas décadas por acabar, depois da interrupção de financiamento por parte da Caixa Geral de Depósitos e da insolvência da Sociedade de Construções Tomás Fonseca, Lda, empresa do arquitecto que projectou o imóvel. Desde então, muitas foram as vozes que reclamaram a implosão do edifício, mas a procura de uma solução permanente esbarrou sempre na dúvida que permanecia sobre quem seria o seu verdadeiro proprietário. Sem resultado ficaram também as hastas públicas e leilões marcados ao longo deste tempo.
Por isso, até agora, as autoridades locais não podiam fazer mais nada além de colocar uma rede à volta do edifício e ir remendando os estragos feitos por quem acedia ao prédio, fosse para praticar desportos radicais, fosse para actos ilícitos. Mas o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, conseguiu finalmente contactar o administrador da massa insolvente da empresa, proprietária do imóvel. “A massa insolvente não tem um tostão para resolver esta situação” explica Paulo Inácio, acrescentando que o administrador de insolvência autorizou a Câmara a emparedar o acesso às escadas do edifício.
Neste processo complicado está ainda envolvido um fundo internacional, cujos rostos se desconhecem. Mas Paulo Inácio conseguiu também contactar uma advogada que o representa e com quem terá uma reunião em breve. J.F.
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