
Estudo da Nova aponta Caldas apenas como a terceira melhor opção, mas Vítor Marques acredita numa decisão diferente do governo.
O presidente da Câmara das Caldas vai continuar a pressionar o Governo para que o novo Hospital do Oeste seja construído no local proposto em conjunto pelos municípios das Caldas e de Óbidos, apesar de o estudo encomendado pela OesteCIM à Universidade Nova apontar o Bombarral como a melhor localização.
Vítor Marques disse à Gazeta que mantem “convicção” de que fará todo o sentido o novo hospital ser no território das Caldas da Rainha e Óbidos porque a localização proposta é “bem servida” tanto por ligações rodoviárias, como ferroviárias”. O chefe do executivo municipal diz que o estudo deve ser apenas uma ferramenta a ter em conta pelo Governo na tomada de decisão, “mas não a única”. “Queremos que o Estado faça o seu trabalho, que junte mais informação a esta”, refere, acrescentando que o próprio município caldense fará a sua parte.
O autarca diz que o estudo da Nova não contempla uma série de “outros fatores significativos”, como a oferta de serviços, como educação e cultura, nem o histórico da formação territorial e de ofertas hospitalares. Além disso também não considera a oferta privada na área da saúde existente na região e que o governo deve “promover equidade no território”. “A zona à volta do CHO tem hospitais que já hoje não têm capacidade, nomeadamente a norte”, sustenta. Outro aspeto que Vítor Marques aponta é a sazonalidade e os fluxos turísticos, “que têm peso significativo na região, mas também não foram tidos em conta no estudo”.
Em Óbidos, Filipe Daniel também mantém convicção que o terreno proposto pelos dois municípios “parece bem localizado” e acredita que o estudo, embora “bem fundamentado” não constituiu ainda uma decisão final. “O ministro da Saúde frisou bem que, mais do que uma tomada de decisão técnica, esta é uma tomada de decisão política”, sustenta, acrescentando que fatores como o projeto da alta velocidade podem ter influência.
De qualquer modo, Filipe Daniel espera que, independentemente da localização, o novo hospital “seja feito o mais rapidamente possível”.
Qualquer que seja a decisão do Governo, Pedro Folgado, presidente da OesteCIM, diz que o papel da entidade está cumprido com a entrega do estudo. “Durante muitos anos ouvimos dizer que, como os autarcas não se entendiam, não havia hospital”, lembrou, acrescentando que este foi o ponto final nessa discussão.
Mais do que a localização, Pedro Folgado diz que é importante que o hospital seja construído, “Precisamos de um equipamento que funcione e que seja digno”, realça, acrescentando que a localização escolhida vai sempre ser polémica.
Recorde-se que, numa visita a Torres Vedras no passado dia 21, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, comprometeu-se com a decisão da localização do novo hospital no primeiro trimestre de 2023.






























