A inauguração da exposição decorreu com todas as medidas de segurança

A autarquia estuda possibilidade de ampliar o Museu do Ciclismo e trabalha num protocolo de cedência do espólio cinematográfico do coleccionador Mário Lino, que tem várias referências à história do cinema nas Caldas. No Museu do Ciclismo está patente uma exposição que retrata os primórdios do cinema na cidade e que realça o papel desta arte na mudança de comportamentos

A Câmara das Caldas está a estudar a possibilidade de ampliar o Museu do Ciclismo, na Rua de Camões. O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, revelou à Gazeta das Caldas que “existe alguma intenção” nesse sentido, admitindo que seria necessária uma área maior para este espaço museológico.
“O Museu do Ciclismo precisa de mais espaço, este é escasso para as iniciativas que temos”, fez notar o autarca.
Entre as soluções possíveis está a mudança do museu para um outro espaço, com mais condições e uma área maior, mas a autarquia não tem nenhuma alternativa imediata. Assim sendo, e “tendo em conta que este local é fantástico e este edifício é magnifíco”, a Câmara admite tentar ampliar este imóvel numa zona histórica, adquirindo os edifícios mais próximos.
“Fazia sentido que aqui fosse, mas não posso prometer absolutamente nada, porque não temos nenhuma garantia de acordo”, ressalvou Tinta Ferreira, fazendo notar que actualmente os municípios estão sujeitos a uma avaliação isenta e independente de um avaliador externo certificado na aquisição de imóveis e que nem sempre os proprietários aceitam o montante proposto nessas avaliações.
O presidente da Câmara lembrou que, “à semelhança do que aconteceu com o Museu do Ciclismo”, o coleccionador Mário Lino tem demonstrado esta vontade de ceder o seu espólio cinematográfico à autarquia.
“Já fizemos um acordo relativamente ao espólio do ciclismo e seguramente chegaremos a um entendimento”, afirmou o presidente da Câmara, enaltecendo o trabalho desenvolvido por Mário Lino e elogiando a qualidade da colecção relacionada com o cinema e os cinemas das Caldas. O autarca falava à margem de mais uma exposição de cinema de Mário Lino. A primeira ocorreu em 1997, no Museu do Hospital e das Caldas, com os panfletos que então tinha.
“Comecei a coleccionar os panfletos dos filmes que guardava quando ia ao cinema. Quando não ia, procurava nos cafés e pastelarias os panfletos publicitários”. Na altura tinha pouco mais de 10 anos e estávamos em meados da década de 50 do século passado. “Começo a coleccionar cinema muito antes do ciclismo”, contou Mário Lino. “As salas de cinema mudaram o comportamento social da então vila das Caldas”, afirmou, notando que “um dos centros cívicos era a Rua de Camões, o Largo da Copa e o Parque, onde existia o animatógrafo e o cinematógrafo” e que “o Teatro Pinheiro Chagas era outro centro cívico”.
Este ano a mostra foi redesenhada e fica patente até ao fim do ano. Em Setembro será lançado um livro sobre a história do cinema e dos cinemas nas Caldas e está também a ser preparada uma exposição dedicada ao cinema italiano.
Já para 9 de Julho (após o fecho desta edição) estava prevista a inauguração do núcleo dedicado ao Sporting Clube das Caldas, por ocasião do centenário do clube caldense, que foi fundador da Associação Futebol de Leiria.

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