Câmara das Caldas divulga apoios e incentiva reabilitação urbana

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Ação de sensibilização na sede da freguesia de Santo Onofre, que culminou um conjunto de sessões em todas as freguesias do concelho

Só na cidade existem perto de meio milhar de imóveis “dentro dos parâmetros” da reabilitação e, por isso, sujeitos a incentivos

Dos cerca de 5.000 edifícios localizados na Área de Regeneração Urbana (ARU) 1, que abarca as duas freguesias da cidade, 10% deles são considerados degradados, podendo candidatar-se a benefícios para a sua recuperação.
Na sessão de esclarecimento sobre a delimitação da ARU 1, que decorreu a 23 de junho na sede União de Freguesias de Caldas – Santo Onofre e Serra do Bouro, o presidente da Câmara destacou a importância de se aproveitarem os incentivos e benefícios fiscais para a reabilitação dos imóveis. “É um esforço que todos devemos aproveitar”, sublinhou Vítor Marques, dando nota que a autarquia também está a utilizá-los para reabilitar alguns imóveis que possui, que serão depois colocados no mercado para habitação jovem a preços controlados. É o caso do antigo Lar das Enfermeiras, situado na zona histórica da cidade, e que se juntarão mais dois edifícios contíguos, que a Câmara está a adquirir, para fixar jovens.
“Sempre que é feita obra pública há uma tendência grande para as pessoas reabilitarem, tem um efeito boomerang”, acredita o autarca, que quer ver o património regenerado, ainda que os cofres da Câmara possam ficar com menos receita, fruto dos benefícios fiscais para os proprietários. Entre os incentivos estão a isenção do IMI por um período que pode ir até oito anos, isenção do IMT, dedução no IRS até um limite de 500 euros e redução do IVA para a taxa de 6%. Também a autarquia isenta do pagamento de algumas taxas e a emissão de alvará tem uma redução de 50%. Existem ainda apoios financeiros à recuperação dos imóveis degradados, com empréstimos em condições mais favoráveis às existentes no mercado.
Foi criado um Regulamento Municipal, destinado ao centro urbano da cidade, que prevê, por exemplo, a empreitada única e a criação de uma bolsa de imóveis e criativos, destinada à fixação de artistas e artesãos.

Parque edificado envelhecido
De acordo com os técnicos, atualmente existem cerca de 27 mil pessoas a viver na ARU1, que compreende uma área de 300 hectares do centro histórico, do centro urbano consolidado e áreas de equipamentos. Registou-se nesta zona um “aumento significativo” de alojamento para habitação principal e um recuo dos alojamentos vagos. A maioria dos edifícios são de construção entre 1981 e 2000, seguindo-se o período de 1961 a 1980, o que leva os técnicos a concluir que, nesta área, a população e o parque edificado se encontram envelhecidos. “A reabilitação e regeneração destes espaços torna-se fundamental para o equilíbrio e sustentabilidade dos espaços centrais das cidades”, defenderam na sessão que, juntamente com a realizada na sede da freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, encerrou o périplo pelo concelho. ■

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