A Câmara das Caldas vai alterar parte do traçado da obra que está a ser executada na Praça da Fruta de modo a permitir uma melhor circulação dos veículos em redor do tabuleiro. “Detectámos alguma incorrecção em sede de projecto e vamos fazer uma correcção do lado sul [junto à Rua da Liberdade] para alargar a estrada”, explicou o vereador Hugo Oliveira à Gazeta das Caldas. De acordo com o autarca, o espaço até agora previsto era muito apertado, embora no cimo da praça já tenha sido nivelada a estrada com o passeio para permitir que dois carros passem quando um está em cargas ou descargas.
Hugo Oliveira prevê que esta alteração não leve a atrasos na obra, que deverá estar concluída na segunda quinzena de Julho, permitindo aos vendedores voltar para a praça. A calçada deverá começar a ser colocada na próxima semana.
Os vendedores continuarão a ter garantido o estacionamento junto ao Hospital. Junto à praça, a Câmara pretende, no futuro, colocar alguns parquímetros, que poderão ser utilizados depois dos períodos das cargas e descargas, pelos compradores por um curto período de tempo.
“Nos primeiros 15 minutos terá um custo baixo, mas a partir desse período será bastante mais alto, para permitir que as pessoas estacionem, façam as suas compras e sigam”, explicou o autarca. Para a passada quarta-feira estava prevista a realização na Expoeste da hasta pública para a venda dos lotes (de 1,5 por três metros e de três por três metros) aos vendedores da praça. No recinto da Expoeste foi simulado o tabuleiro da praça, já com a nova configuração, permitindo aos vendedores terem a percepção de como ficará e dos lugares que poderão adquirir.
As três roulottes passam a ficar no fundo da praça, estando fora da calçada, mas viradas para o tabuleiro. Haverá um quiosque, que também vai a hasta pública, e que poderá funcionar durante todo o dia, mas com esplanada apenas à tarde (depois do mercado) e à noite.
“Temos infraestruturas preparadas para poder ter mais um quiosque a meio e outro no topo cimeiro da Praça”, explicou o vereador, acrescentando que a metade inferior do tabuleiro também tem electricidade disponível para as bancas laterais. Os toldos são todos de duas águas, numa aproximação ao que já existia, e serão montados e desmontados diariamente, encaixando nos negativos que existem na calçada. Também há a possibilidade dos vendedores terem chapéus de sol, mas apenas adaptados à estrutura ou colocados numa base de água, sem mexer no piso. As pessoas que furarem a calçada “serão penalizadas com coimas”, adverte o autarca.
Os vendedores que ali estiverem ao mês terão direito a um toldo, que levarão para casa, ao passo que quem ali vender ao dia, no final terá que entregar no local que existe para recolha, ao cimo da praça.
CADA PRODUTO SUA COR
A Câmara está agora a trabalhar na definição das cores para a diversa gama de produtos ali vendidos. As frutas e legumes terão uma cor, os produtos biológicos outra, que será diferente das flores e ainda dos frutos secos e dos bolos. À entrada da praça haverá uma placa explicativa das cores, assim como do horário de funcionamento do mercado.
Hugo Oliveira explicou ainda que os preços a praticar aos vendedores não serão mais altos do que antes das obras, havendo casos em que chegam a baixar. Por exemplo, a base de licitação para os lotes de 1,5 por três metros é de 15 euros, enquanto que para os de três por três metros é de 30 euros. A taxa mensal será também de 15 e 30 euros, ou 40 euros se tiver electricidade.
“Quem ocupa hoje 4 m2 paga 30 euros, passa a ocupar um lote de três por três metros [num total de 9 m2] pelo mesmo valor”, exemplificou. O autarca acrescentou ainda que, a pedido de alguns vendedores, irão voltar a fazer algumas acções de formação.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt































