A celebração dos 45 anos da Revolução de Abril foi cumprida com a habitual realização de actividades culturais e desportivas. Na tarde do 25 de Abril, o Largo do Termal encheu-se de gente para assistir ao concerto da Banda Comércio e Indústria e à actuação do Rancho dos Oleiros. O Museu Malhoa lotou para assistir a um concerto coral e o Céu de Vidro albergou uma Feira de Autor que contou com mais de 40 participantes.

Na manhã de quinta-feira foi cumprido o habitual programa do hastear da bandeira nacional nas sedes das duas uniões de freguesia da cidade e nos Paços do Concelho. O ritual é feito a pé e a comitiva, liderada por autarcas, foi acompanhada pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha.
Este ano a cerimónia teve a presença de uma secção de militares da ESE. Em frente ao edifício da Câmara, houve também a tradicional largada de pombos, pela Columbófila.
À tarde, o Largo do Termal transformou-se num grande auditório ao ar livre, cheio de gente de todas as idades que veio assistir às comemorações. Primeiro actuou a Banda Comércio e Indústria (BCI), que interpretou um medley de temas de António Variações e uma valsa de António Carvalho (músico de Santa Catarina que chegou a maestro do Banda do Exército).
Após uma peça de Samuel Pascoal – que relata a viagem do Pero da Covilhã por terras indianas – seguiu-se o ponto alto da actuação: a interpretação de Verdes Anos de Carlos Paredes (com arranjo para banda). Houve ainda tempo para ouvir a marcha que é conhecida como o hino do Movimento das Forças Armadas.
A BCI está a preparar um concerto de música brasileira que será apresentado a 19 de Maio no CCC, e que integra a programação das Festas da Cidade. Na Feira da Fruta deste ano a banda caldense irá realizar um concerto com Ana Bacalhau.
Depois da BCI, actuou o rancho Folclórico Os Oleiros, que pertence ao Arneirense.
No intervalo das actuações, o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, recordou que o 25 de Abril “foi um momento histórico deste país único onde se fez uma revolução sem tiros nem mortos”. Ao contrário da maioria das revoluções, os militares revoltaram-se para entregar o poder ao povo e não para o manter.
“Só faz sentido se houver público”

No Museu Malhoa, com a sala Malhoa completamente lotada, actuaram o Coral das Caldas e o Grupo Coral e Musical da Casa do Pessoal do Hospital das Caldas. O primeiro, dirigido por Joaquim António Silva, contou com as participações de Ana Silva (flauta de bisel) e José Carlos Flores (viola).
O grupo do Hospital das Caldas, que inclui coro e vários músicos, interpretou um repertório de música portuguesa que incluiu temas de Sérgio Godinho e dos Xutos & Pontapés. Os dois corais incluíram várias canções relacionadas com o 25 de Abril. Ouviram-se temas de Lopes Graça e de José Afonso que foram entoados em conjunto entre coralistas, músicos e público.
Os dois presidentes das uniões de freguesia da cidade, Vítor Marques e Jorge Varela, congratularam-se com a presença de tão larga plateia e afirmaram que só faz sentido organizar estas actividades se as pessoas continuarem a encher as salas e os largos.
A vereadora da Cultura, Maria da Conceição Pereira referiu que os valores de Abril “têm que ser alimentados” e lembrou que a Revolução portuguesa foi feita “sem balas, com cravos e com o objectivo de dar a Democracia ao povo”. No dia 24 de Abril decorreu na Expoente um concerto com o rapper Malabá que teve a actuação do caldense Cabaceira na primeira parte. O concerto terminou com fogo de artifício.
Também a União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto celebrou a efeméride com um almoço convívio, música e uma conferência sobre o 25 de Abril e a actualidade.
Feira reuniu 40 autores no Céu de Vidro
Durante os dias 24 e 25 de Abril o Céu de Vidro acolheu uma Feira de Autor onde se comercializaram ilustrações, publicações, serigrafias, gravuras e objectos artísticos. Tratou-se da quinta edição de um evento que costuma atrair alunos da ESAD e autores das Caldas, de Lisboa, Porto, Coimbra e Leiria. No primeiro dia apostou-se forte nos concertos. Entre outros actuaram L’Otelle Mare (francês), Soduku Killer (italiano) e o projecto brasileiro Gringo Sou Eu. No dia 25, a música esteve a cargo de Joana Rodrigues e Fábio Capinha.
A próxima iniciativa do Grémio terá lugar a 19 de Maio, no Centro de Artes e será com a actuação de um trio jazz, liderado pelo trompetista Luís Vicente.
































