Caldas tem proposta para ceder direito de superfície do posto de combustíveis

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A Direcção do Caldas Sport Clube tem em mãos uma proposta para a cedência do direito de superfície do seu posto de combustíveis, localizado na Rua Infante D. Henrique, junto à Expoeste. Segundo o que Gazeta das Caldas apurou, esta proposta permitirá um encaixe financeiro muito significativo para o futuro do clube.
A decisão está agora do lado dos associados do Caldas, chamados, esta sexta-feira, a votar esta matéria numa assembleia-geral que decorre a partir das 21h00, no auditório da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório.
O posto de combustíveis do Caldas deixou de ser gerido pela Petrocaldas em Agosto do ano passado, o que indica que o acordo de cedência de exploração, que vigorava até 2023, foi terminado antes do prazo. Desde então é a Petroalves – Distribuição de Combustíveis e Lubrificantes SA, com sede no concelho de Alvaiázere, que assegura a gestão daquele equipamento.

UM PASSADO ATRIBULADO

O posto de combustíveis do clube abriu em meados da década de 1990, com o objectivo de ser uma importante fonte de rendimento para a instituição. Contudo, nunca o chegou a ser.
No início, foi o próprio clube que assumiu a gestão do posto de abastecimento, mas em pouco mais de um ano as dívidas acumularam-se. No início de 1996 a gestão passou para uma comissão autónoma, com dívidas superiores a 6 mil euros. Os resultados negativos foram provocados em parte, por vários assaltos.
Mais tarde, o clube voltou a sofrer desfalques ainda mais avultados. O tribunal deu como provado que antigas funcionárias desviaram, no final de 2006, cerca de 54 mil euros. O caso só foi descoberto porque as funcionárias continuaram a desviar fundos de caixa já depois de a Petrocaldas assumir a gestão.
Esta empresa tinha adquirido os direitos de exploração do posto de combustíveis, pagando à cabeça uma verba superior a 100 mil euros. Esta foi utilizada para liquidar uma dívida num montante idêntico que o Caldas tinha com a Galp, pelo fornecimento de combustível. O clube ficou ainda a receber uma renda próxima dos 10 mil euros anuais.

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