Segundo a organização, passaram pelo Caldas Summer Sessions dez mil pessoas. O festival trouxe vários nomes da música electrónica, entre os quais dois caldenses, campeões do mundo: Stereossauro e Ride. “Verdes Anos” – a famosa remistura que levou a dupla a abrir o Eurovisão – foi o momento alto das duas noites em que actuaram (terça e sexta-feira, respectivamente).

O Caldas Summer Sessions trouxe, segundo a organização, dez mil pessoas à Foz do Arelho durante os sete dias de festa. O dia mais concorrido foi o último, com a festa Bye-bye Summer.
Tal como referido na passada semana, o público era maioritariamente jovem, sendo que a maior parte vinha de São Martinho do Porto.
Duarte Félix da Costa, da Brand Looks, que organiza o evento, disse que a mudança para a Foz do Arelho, que aconteceu este ano, teve prós e contras. “As pessoas gostaram e faço um rescaldo positivo, há coisas a melhorar, mas penso que Caldas só tem a ganhar com eventos destes”, disse Duarte Félix da Costa, notando que receberam “mais gente das Caldas do que esperávamos”.
Duarte Félix da Costa salienta que “o facto de o evento ser na praia é um ponto a favor”, porque se aproxima mais do formato que a organização pretende. Em relação às queixas do ruído, comentou que o som está direccionado para a Lagoa de Óbidos e que procuram respeitar os residentes.
Já sobre as acusações de não ter havido autocarro para as Caldas (como estava previsto), o promotor argumentou que houve sempre autocarros, ainda que noutros horários.
O empresário não quis revelar o montante investido neste festival, mas esclareceu que a autarquia apoiou com 15 mil euros (mais IVA) e apoio logístico.
Em relação ao próximo ano e ao Caldas Summer Sessions voltar à Foz do Arelho disse que é uma possibilidade.
Caldenses e campeões do mundo
O caldense Dj Ride, várias vezes campeão nacional e bicampeão mundial de scratch e turntablism (com a dupla Beatbombers), actuou na penúltima noite do Caldas Summer Sessions, no areal da Foz do Arelho.
O DJ apresentou o seu estilo electrónico ligado ao hip-hop, mas também alguns registos diferentes, como por exemplo Linkin Park, na junção de estilos inerente ao caldense.
Durante quase duas horas foi possível perceber a mestria de Ride nos pratos, mas também o seu conhecimento e gosto musical. Um dos momentos altos da noite foi quando se começou a ouvir o tema Verdes Anos, uma remistura original de Stereossauro do tema de Carlos Paredes, que se tornou viral e que foi escolhida para banda sonora do anúncio da Eurovisão.
Conta a história que daí veio depois um convite para actuarem na gala de abertura do festival em Lisboa, a seguir à Mariza. “Foi uma experiência incrível para nós”, contou Ride, notando que aquele foi o maior evento onde já estiveram. Tornaram-se nos primeiros dj’s de scratch a actuar numa gala de abertura do festival.
A interpretação dessa música também foi um dos grandes momentos da actuação do outro caldense que faz a dupla Beatbombers, Stereossauro, que actuou na terça-feira, noite em que a Dj Cila subiu à cabine para animar a festa “Remember Solar da Paz”.
Actualmente, Stereossauro está a terminar o seu álbum, onde Ride também está envolvido. Este trabalho irá explorar o tema “Portugalidade” e a junção do fado com as sonoridades mais urbanas e electrónicas.
Para tal, o caldense está a reunir fadistas conhecidos, como, por exemplo, Ana Moura e Ricardo Gordo. O disco deverá sair em Outubro ou Novembro.
Quanto a Ride irá continuar a lançar sons, como tem feito, e a actuar um pouco por todo o mundo. Entre as actuações mais recentes, falámos sobre uma específica: no Rock in Rio, mas não apenas como músico.
É que este ano, Ride foi escolhido para promover o novo filme Missão Impossível: Fallout, ao apresentar um espectáculo de vídeo scratch com imagens inéditas do filme.
O caldense realça que quem esteve no palco digital do festival teve a “possibilidade de ver um teaser diferente do filme” e que gostou da experiência. “Um projecto a repetir”, definiu.
“A Foz é dos sítios mais bonitos do mundo”
Em relação à actuação no Caldas Summer Sessions, o caldense disse que “é sempre bom voltar às raízes” e realçou o cenário: “A Foz é dos sítios mais bonitos do mundo”.
Ride já não tocava nas Caldas há alguns anos e teve a possibilidade de rever caras conhecidas. “Espero voltar em breve”, afirmou.
Diego Miranda e Isabel Figueiras foram outros dos nomes que animaram as noites na Foz do Arelho.































