Caldas + Inclusiva 2.0 permite continuar a apoiar pessoas em situação de sem abrigo

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Candidatura aprovada da Associação Viagem de Volta, de valor superior a 270 mil euros, irá começar a ser executada em outubro, com a parceria do município

A associação Viagem de Volta viu a sua candidatura Caldas + Inclusiva 2.0 ser aprovada, dando assim continuidade ao projeto já anteriormente implementado no concelho das Caldas da Rainha e com “resultados significativamente positivos no que diz respeito ao combate da pobreza e exclusão social”, explica a associação. Entre os seus objetivos estão o contributo para a erradicação das situações de pobreza e exclusão social, nomeadamente da população em situação de sem-abrigo, e atuação no combate à discriminação e estigma sobre a condição de sem-abrigo, através de ações inclusivas e integradoras. “Foi com enorme satisfação que vimos aprovado este projeto, que tem início previsto no dia 1 de outubro de 2024, que nos enche de orgulho, mas que sobretudo, irá proporcionar condições dignas e trazer mais valias sociais ao nosso município”, refere a associação, acrescentando que o Caldas + Inclusiva 2.0 significa um “reforço no comprometimento da Associação Viagem de Volta, para com os cidadãos caldenses mais vulneráveis”.
Orçada em 271.131 euros, e com um prazo de execução de 35 meses, a candidatura estrutura-se numa “abordagem holística, que visa a inclusão habitacional, social, emocional, cognitiva e profissional, permitindo aos seus beneficiários criar bases para a redefinição dos seus projetos de vida”. Entre as atividades previstas a desenvolver durante o projeto destacam-se os giros de rua, o acompanhamento psicossocial com gestor de caso e as ações de combate ao estigma sobre a condição de “sem-abrigo”. Por se tratar de um projeto de cariz social e comunitário de dimensões significativas, a Associação Viagem de Volta conta com o compromisso de parceria da autarquia caldense. De acordo com a carta compromisso assinada com a associação, a autarquia compromete-se a divulgar as atividades e iniciativas do projeto e ceder um técnico superior, afeto em 20%, para apoiar na execução e avaliação do projeto. Quando necessário também irá disponibilizar ou ceder, pontualmente, materiais ou infraestruturas que possam ser necessários e colaborará na sinalização da população-alvo para integração no projeto.
Entretanto, e depois de elementos da associação terem visitado as instalações da antiga Colmeia, juntamente com funcionários do município, a Viagem de Volta enviou, já esta semana, uma solicitação formal ao município daquele local, “para que possamos prosseguir com todos os objetivos propostos para este projeto”. Entendimento diferente tem a autarquia, pois, de acordo com a vereadora Conceição Henriques, “a utilização das instalações da antiga Colmeia nunca esteve prevista no âmbito deste projeto, não tendo sequer sido considerada para esse fim nas conversas tidas com a Viagem de Volta”.
A autarca reitera que os compromissos assumidos são os que constam da carta e que, “apesar de ser público e notório que neste momento o executivo camarário está a ser alvo de acusações graves, que colocam em causa a honra e bom nome dos seus elementos, pretende dar cumprimento a estas ações, até porque se trata de um programa com fundos comunitários”. Já a associação diz acreditar que os “últimos constrangimentos ocorridos entre a Associação Viagem de Volta e a Câmara Municipal no âmbito da BNAUT, não serão impeditivos ou alvo de represálias para a formalização da entrega das referidas instalações ao Caldas + Inclusiva 2.0, dinamizado pela AVV”. ■

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