As consultas médicas no Balneário Novo terão início na próxima semana e os tratamentos termais serão retomados na primeira semana de Julho. Até lá serão implementados os procedimentos necessários e dada formação aos profissionais que ali exercem actividade, para seguir as normas da Direção-Geral de Saúde
Na primeira semana de Julho deverão ser retomados quatro dos cinco tratamentos termais disponibilizados no Balneário Novo, nas Caldas da Rainha. Trata-se da nebulização individual, irrigação nasal, aerossol termal/sónico e a inalação nasal buco faríngeo.
Antes, já a partir da próxima semana, irão começar a funcionar as consultas médicas.
De acordo com João Frade, gestor do Hospital Termal em representação do município, até lá serão implementadas as normas da Direção-Geral de Saúde, realizadas as adaptações necessários no balneário e dada formação aos funcionários. Trata-se de um reforço das medidas que já estavam a ser praticadas na primeira quinzena de Março, antes daquele equipamento fechar portas.
O responsável dá nota que durante este mês têm sido muitas as pessoas a perguntar pela reabertura do balneário, a maioria delas já frequentadora dos tratamentos e outras que querem experimentar.
Suspensa desde meados de Março, a actividade termal foi reaberta a 15 de Junho. No entanto, nessa altura, apenas duas estâncias termais – a de S. Pedro do Sul e Chaves -, das 46 que integram a Associação das Termas de Portugal abriram portas nesse dia. As restantes termas “estão a cumprir o seu plano de análise bacteriológico, solicitado pela DGS, para que possam reabrir durante as próximas semanas”, refere Victor Leal, presidente da Associação das Termas de Portugal, congratulando-se com a reabertura da actividade termal.
Este responsável acredita que, apesar da crise provocada pela pandemia, as termas têm condições para encarar o futuro com optimismo. “Antes da pandemia, o ano de 2020 estava a ser muito positivo para a actividade termal, com crescimento na ordem dos dois dígitos e muitos agendamentos de termalistas. Nas próximas semanas acreditamos que a retoma seja real, apesar de sabermos que as pessoas precisam de tempo para ganhar confiança”, refere o dirigente, em nota de imprensa.
Adriano Barreto Ramos, coordenador do consórcio Termas Centro, que reúne 20 estâncias termais da região Centro, destaca que estes equipamentos sempre mantiveram o máximo cuidado relativamente às condições de higiene e de segurança das suas instalações. “Os tratamentos termais são uma mais-valia para quem procura recuperar de infecções respiratórias e de outras situações clínicas, frequentes em quem esteve muito tempo confinado em casa”, refere o responsável, adiantando que estão confirmados, pela ciência, os benefícios das curas termais para o reforço do sistema imunológico.
COMPARTICIPAÇÃO NOS TRATAMENTOS TERMAIS
Em 2018 o Estado começou a comparticipar no preço dos tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do SNS, sob a forma de projecto-piloto, regime que vigorou nesse ano e em 2019.
Embora o Orçamento do Estado para este ano tenha prorrogado o projecto-piloto, dando continuidade ao regime de comparticipação, os médicos não têm podido prescrever tratamentos termais, pelo facto de estes “não estarem disponíveis, para esse fim, no respectivo software clínico”, denunciam os deputados à Assembleia da República do PSD eleitos pelo círculo de Leiria.
Numa pergunta apresentada à ministra da Saúde, Marta Temido, os sociais-democratas questionam a que se deve esta situação e se existem outras áreas clínicas, nos cuidados de saúde primários, onde se verifiquem dificuldades de prescrição por indisponibilidade do software clínico.































