A expetativa é de que possam chegar 300 refugiados, tendo em conta a comunidade ucraniana que já vive no concelho das Caldas da Rainha
Começou a funcionar na passada terça-feira, 8 de março, o gabinete de crise para coordenação das ações de âmbito municipal, para apoiar os refugiados da Ucrânia que cheguem às Caldas da Rainha. Criada pela autarquia e a funcionar na Rua Capitão Filipe de Sousa, em horário laboral, a estrutura irá coordenar as ações municipais em articulação com os atores locais e nacionais. Esta plataforma de interação permitirá prestar “informações sobre a forma como irá ser feita a regularização destes cidadãos e fazer chegar aos centros de empregos as suas competências para poderem ser integrados no mercado de trabalho”, explicou a vereadora Conceição Henriques, na conferência de imprensa que decorreu a dia 4 de março.
O município está também a articular, com a comunidade ucraniana (que nas Caldas é de 306 pessoas), a logística de recolha de alimentos e bens, apoio na triagem e embalamento para que depois cheguem aos mais necessitados.
Foi também criada uma “task force” municipal, composta por dois técnicos da Ação Social, coadjuvados com pessoas das áreas de Educação, Desporto e Juventude, para atuar junto dos refugiados que cheguem ao concelho.
Entre as medidas anunciadas pela autarquia está ainda a criação de um centro de alojamento, no Centro de Formação do Coto, com capacidade para 28 pessoas, e mais dois espaços municipais. “E estamos a tentar apurar junto de outras entidades ou pessoas que tenham espaços disponíveis que possam, de algum modo, integrar uma bolsa municipal para acolher as pessoas que chegam”, explicou Conceição Henriques. A autarquia está também disponível para apoiar as famílias ucranianas que possam acolher refugiados nas suas casas. Para consubstanciar esta resposta foi aprovado, na sessão de Câmara de segunda-feira, o aumento do Fundo de Emergência Social, dirigido aos refugiados. “Estamos a ultimar os critérios de atribuição de uma bolsa que possa ajudar as famílias a suprir as primeiras necessidades enquanto não tiverem os apoio do centro de emprego e da segurança social”, concretizou o presidente da Câmara, Vítor Marques.
Protesto pacífico
Cerca de centena e meia de pessoas, muitas delas ucranianas, juntaram-se frente à Câmara das Caldas, ao fim da tarde de sexta-feira, para um protesto pacífico. Munidos de bandeiras e cartazes onde apelavam ao fim da guerra e com palavras de união entre os povos, os manifestantes estiveram no local durante cerca de duas horas, período durante o qual também decorreu uma recolha de bens, que terá como destino a Ucrânia. A iniciativa terminou aos som de palavras de apoio ao povo ucraniano e do hino daquele país sob ofensiva russa. ■































