A Câmara das Caldas apresentou uma candidatura à Fundação Calouste Gulbenkian com vista à criação do Centro Interpretativo de Energias Renováveis (CIER)
O terreno de cerca de 10 mil metros quadrados e que atualmente se encontra arborizado, propriedade da Câmara das Caldas e localizado na Rua Júlio Cesar Machado, em Santa Rita (na zona nordeste da cidade) poderá transformar-se num Centro Interpretativo de Energias Renováveis (CIER).
A ideia nasceu no curso técnico de Energias Renováveis da ETEO e foi dado a conhecer pelo coordenador à autarquia, que a candidatou a um Programa para a Sustentabilidade da Fundação Calouste Gulbenkian. O valor da candidatura é de 240 mil euros, com financiamento para a instalação de equipamentos para aproveitamento de energias renováveis. A requalificação do espaço será um investimento municipal.
De acordo com a vereadora com os pelouros do Ambiente e Educação, Maria João Domingos, o CIER terá os seus alicerces no “princípio de laboratório vivo para a compreensão de uma economia de baixo carbono, potenciando a utilização de energias hídrica, eólica, solar e da biomassa”. Destinado, em primeiro lugar, aos alunos da região, servirá de espaço de educação ambiental, demonstrativo da utilização de energias renováveis. Também as escolas poderão desempenhar tarefas e implementar ações dirigidas à comunidade.
Ainda de acordo com a autarca, este projeto tem por objetivos reduzir a pegada ecológica, através da utilização de energias limpas e amigas do ambiente, potenciando os processos produtivos através da utilização dinâmica de tecnologias maduras para todos os tipos de energias. Para além disso, pretendem consciencializar as crianças em idade escolar sobre a importância de uma correta escolha dos padrões de consumo, integrada no curriculum de várias disciplinas, assim como alterar efetivamente comportamentos.
O projeto visa, ainda, potenciar as alterações de comportamento de escolha de locais turísticos, promovendo o turismo sustentável, através da criação de um eco bungallow autossuficiente energeticamente.
O resultado da candidatura deverá ser conhecido durante o primeiro quadrimestre do próximo ano. Para Maria João Domingos, a elegibilidade deste projecto constituirá um “importante contributo para a sensibilização para a sustentabilidade e demostração de boas práticas, a requalificação de um espaço público e a implementação de uma unidade de ensaio de turismo da natureza, autossustentável”.
Caso não venha a obter o apoio financeiro da Fundação, terá de ser efetuada uma reavaliação e a eventual consideração de outros programas em que possa ser reapresentada a ideia, conclui a autarca.






























