À semelhança do que aconteceu no Bombarral, tal como a Gazeta das Caldas noticiou a semana passada, a Câmara do Cadaval ficou também responsável pelo alojamento de uma médica oriunda de Cuba, que vai prestar serviço no Centro de Saúde local.
Para minorar a carência de médicos de família no concelho, a autarquia cadavalense deu resposta positiva a uma proposta emanada do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul. “Se o município assegurasse o alojamento, o Centro de Saúde do Cadaval poderia passar a contar com mais uma médica a tempo inteiro”, explicou José Bernardo Nunes, presidente da Câmara do Cadaval.
Chaveli Rodriguez, de 29 anos, originária de Cuba, ficou alojada num apartamento situado no antigo edifício da câmara, junto ao mercado municipal.
Não está definido, por parte do município, qualquer período de cedência da mencionada habitação, “porque a ideia não é limitar mas até favorecer a vinda de mais médicos para o concelho”, adiantou José Bernardo.
A nova médica de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde do Cadaval referiu que a sua permanência em Portugal decorrerá por um período de dois anos, altura em que tenciona regressar ao seu país de origem.
Chaveli Rodriguez manifestou-se satisfeita com o acolhimento que está a ter no concelho. “Sinto-me cá bem. Gosto da minha casa e gosto do Cadaval, a sua gente é amável”, afirmou.
Falta de enfermeiros
Fernanda Lourenço, coordenadora do Centro de Saúde do Cadaval, salientou a importância da iniciativa porque existe no concelho uma grande carências de médicos de família.
“Chegámos a ter 12 médicos, mas antes de entrar a nova colega, estávamos reduzidos a quatro”, adiantou a responsável.
Ao nível dos enfermeiros a situação não é melhor. “Tínhamos uma série de enfermeiros que eram dos hospitais de Torres e de Caldas que vinham aqui, mas que tiveram de ir todos embora por força da nova lei”, contou.
Por causa disso, esta unidade de saúde deixou de ter, provisoriamente, algumas valências como Saúde Materna, Planeamento Familiar e Diabetes.
Para além das necessidades nos recursos humanos, a responsável do Centro de Saúde não esquece a vertente material que “era fundamental que estivesse melhor”, nomeadamente no que respeita às instalações, onde labora há 29 anos.
P.A.






























