O executivo da Câmara do Cadaval aprovou, por unanimidade, um protesto pela “forma irresponsável como os diferentes serviços do Ministério de Saúde, em particular a ARS-LVT, têm vindo a tratar os utentes dos serviços de saúde do Cadaval”.
A moção, que foi enviada ao governo e ao Presidente da República, entre outras entidades nacionais e locais, refere que estão criadas “condições de grande precariedade no acesso e no direito dos cidadãos do concelho aos serviços de saúde básicos”.
Os autarcas criticam ainda a “ausência de estratégias de colmatação das falhas de recursos humanos e materiais, impeditivas do bem-estar da nossa população”.
Em causa está o facto da nova Lei do Orçamento de Estado ter implicado que todas as acumulações de serviço dos enfermeiros não estejam a ser renovadas. “Com base nessa regra, já não foi renovada uma das acumulações de serviço de enfermagem no Centro de Saúde de Cadaval”, refere o protesto.
A Câmara tem conhecimento que, até Junho, todas as acumulações de serviço dos enfermeiros irão cessar, resultando numa diminuição daqueles profissionais no concelho, sem que haja alternativas.
Embora tenham consciência “das grandes fragilidades actuais do sistema”, a autarquia demonstra toda a abertura para “em conjunto, resolvermos as problemáticas subjacentes”.
A Câmara exige que o Cadaval e as suas populações “sejam tratados com o mínimo de respeito, e que o Ministério da Saúde esclareça que medidas pretende tomar com vista à mitigação dos já débeis serviços de Saúde no concelho”.
O comunicado refere ainda que no diagnóstico da Rede Social do Cadaval foram apontadas como problemáticas, no âmbito da Saúde, os escassos recursos humanos, materiais e financeiros e ainda o envelhecimento populacional e, consequentemente, o aumento de procura dos serviços de saúde por parte da terceira idade. Nos últimos dados censitários o concelho demonstra o maior índice de envelhecimento da região Oeste.
“Num curto espaço de tempo, o Centro de Saúde do Cadaval passou de 12 para quatro médicos de família e que têm sido substituídos esporadicamente, de forma avulsa, por médicos a ‘horas’, o que tem vindo a diminuir a qualidade dos serviços de saúde prestados”, refere ainda o documento.






























