
Na exposição e venda de Natal patente até ao dia 30 de dezembro, na Galeria do Posto de Turismo das Caldas, podem apreciar-se centenas de peças únicas feitas pelas bordadeiras caldenses
Foi inaugurada, no dia 10 de dezembro, a exposição e venda de Natal da Associação do Bordado das Caldas, na Galeria de Exposições do Espaço Turismo da cidade. Toalhas, naperons, saquinhos ornamentados com os motivos originais do bordado caldense, quadros que reproduzem as figuras bordalianas ou mandalas, mas também vestidos, malas, carteiras, ou mesmo sapatilhas estampadas com o bordado também conhecido como sendo da Rainha D. Leonor, são alguns dos artigos que poderá conhecer até 30 de dezembro, de segunda a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, com exceção para os dias 24 e 25.
Patentes estão ainda os trabalhos das 13 formandas da edição de setembro do curso de Bordado das Caldas, ministrado pelo Centro de Formação para o Artesanato e Património em parceria com a Associação do Bordado das Caldas e o Município: um trabalho realizado desde 2018, cuja importância para a preservação da arte é acentuada pela idade já avançada das bordadeiras.
Principelina Loução, presidente da Associação do Bordado das Caldas da Rainha, expressa o desejo que a “malta jovem aderisse mais do que adere”, realçando que a formação exige apenas o pagamento dos materiais, o que ronda os 12€, e dá direito a um diploma. “É um trabalho que vai ser cada vez mais valorizado”, salientou.
Com efeito, a associação realizou, na primavera/verão passados, uma parceria com a empresa Walk With Art, que desafiou as bordadeiras a criarem sapatilhas, sandálias, carteiras e malas com o bordado das Caldas, disponíveis para venda no site da marca “Andaver”.
O projeto de sapatilhas bordadas à mão, em linho, o material sobre o qual, tradicionalmente, se faz o bordado das Caldas, com a inclusão do mesmo, revelou-se uma “experiência que não foi para a frente”, devido ao material tornar o produto “cativo” e “muito sensível”. Porém, o par feito já seguiu caminho para a empresa de Viseu, que o fará chegar ao Museu do Calçado, em São João da Madeira, onde ficará em exposição.
Este ano, e diferentemente das edições anteriores, a exposição tem lugar na Galeria do Posto de Turismo, devido à utilização da Capela de S. Sebastião para o culto, enquanto decorrem as obras na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo. Ana Maria Pereira, tesoureira da associação, afirmou, a este propósito, que o local, apesar de “maravilhoso”, não fora tão visitado, no fim-de-semana inaugural, como costumava ser a capela de S. Sebastião, apesar de estimar que a afluência aumente nos dias de semana.
A Associação do Bordado das Caldas da Rainha nasceu em 2016, fruto da vontade de projetar a arte popular e de certificá-la, um processo com o qual Principelina Loução já anda “há vários anos” nas mãos, esperando que “seja brevemente concluído”.
Atualmente, a associação conta com quinze bordadeiras, das quais cerca de “sete ou oito” expõem e vendem o seu trabalho, que dão a conhecer nas feiras regionais e nacionais, como a Feira Internacional de Artesanato (FIA), em Lisboa, bem como na sede, na Expoeste, de segunda a sexta, das 14h30 às 17h, recebendo igualmente encomendas.
Em julho passado, a associação participou no “Arte Doce – Feira e Concurso”, em Lagos, com o apoio da autarquia municipal.
Para o futuro, Principelina Loução deseja poder aumentar o público alcançado e a visitar a sede, para o que se torna “urgente” a transição da mesma para o centro das Caldas. ■






























