Bombeiros das Caldas da Rainha ajudam a criar corporação em S. Tomé e Príncipe

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notícias das CaldasNo próximo dia 18 de Outubro chegam às Caldas da Rainha 12 cidadãos de S. Tomé e Príncipe para fazer o curso inicial de bombeiro na corporação caldense. Regressam à terra natal a 4 de Novembro, juntamente com uma comitiva de bombeiros das Caldas, que então lhes dará posse e irá transportar da capital, S. Tomé, para o distrito de Mé-Zochi três ambulâncias e um veículo de combate a incêndios que partiram de Portugal.
Esta cooperação teve início com o evento dinamizado por Mário Lino sobre Claudina Chamiço, que tem nome de rua na cidade das Caldas e tinha uma roça de café na província de Mé-Zóchi.

Há um ano, quando o vereador de Trindade (capital do distrito de Mé-Zóchi em S. Tomé e Príncipe), Célio Rodrigues, esteve nas Caldas visitou as instalações dos Bombeiros Voluntários caldenses e ficou encantado com o seu funcionamento. Preparava-se para um período eleitoral e, depois de vencer as eleições, regressou a Portugal para estreitar uma parceria com os bombeiros caldenses pois queria formar uma corporação na cidade de Trindade, a segunda mais populosa do arquipélago.
Esta cooperação está agora prestes a concretizar-se, com a chegada de 12 sãotomenses para ter formação com os bombeiros das Caldas. Chegam à cidade a 18 de Outubro e irão fazer o curso inicial de bombeiro, mas um deles irá receber uma formação exclusiva com o comandante da corporação caldense, José António, para depois assumir o comando do corpo de bombeiros assim que chegarem a Trindade.
De acordo com o comandante José António, será uma formação bastante intensiva, de cerca de 12 horas diárias para que, a 4 de Novembro, possam regressar a S. Tomé. Nesse dia seguirá também uma comitiva caldense que vai empossar os novos bombeiros na sua terra e também transportar três ambulâncias, das quais duas foram oferecidas pelos bombeiros das Caldas e uma pelos de Vila da Aves (Santo Tirso).
Estes veículos de emergência, apesar de estarem em boas condições, já não estavam autorizados a funcionar em Portugal por razões de regulamentação. Para S. Tomé e Príncipe segue também um veículo ligeiro de combate a incêndios dado pelos Bombeiros de Cacilhas e transformado pela corporação caldense. Um veículo que, segundo José António, “adapta-se perfeitamente aos incêndios florestais e aos urbanos”.
No mesmo contentor, que parte esta semana para África, seguem ainda alguns equipamentos, como a motosserra que foi oferecido pelos bombeiros e autarquia de Figueiró dos Vinhos, e que permite fazer cortes de árvores no caso de haver uma obstrução de alguma via.
Está previsto também que no próximo ano seja criado um corpo de bombeiros voluntários para juntar aqueles que tirarem agora o curso de profissionais, criando “um corpo de bombeiros misto, com o envolvimento da população local”, explica o comandante caldense.
A formação deverá ser feita nesta altura do ano, quando diminuir o perigo de fogos florestais em Portugal e alguns bombeiros tirarem férias, partindo assim a título pessoal, para S. Tomé para dar formação.
José António faz questão de frisar que toda esta iniciativa não acarreta custos para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas. “É trabalho voluntário dos bombeiros, a ambulância já estava fora de serviço e o transporte dos veículos de Lisboa para S. Tomé e Príncipe é suportado pela Câmara de Mé-Zochi”, disse, acrescentando que os bombeiros estão a participar por “boa vontade e cooperação”.

 

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