As comemorações do aniversário da Associação dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha vão contar este ano com um dia aberto para a população conhecer a actividade do quartel.
Das 10h00 às 18h00, do dia 18 de Setembro, quem estiver interessado poderá visitar o quartel e conhecer as viaturas, assistir a demonstrações das várias equipas dos bombeiros ou mesmo medir a tensão arterial ou os níveis de glicemia.
Também a fanfarra, que este ano teve pela primeira vez uma escola para infantes e cadetes com cerca de 40 crianças, irá estar presente no quartel durante todo o dia.
“Será um local aprazível para a população passar aqui o sábado, agora que as condições começam a não ser tão aprazíveis para a praia”, referiu José António Silva, comandante dos bombeiros voluntários das Caldas da Rainha.
Às 21h00 vai ter lugar no salão nobre do quartel uma missa em homenagem aos bombeiros falecidos e uma acção de graças aos soldados da paz que estão actualmente no activo.
No dia seguinte, 19 de Setembro, será feito o hastear da bandeira às 9h30 e uma hora depois a romagem aos cemitérios onde estão sepultados bombeiros.
À tarde, a partir das 15h30, realiza-se a sessão solene das comemorações do 115º aniversário. Para além dos discursos, serão entregues medalhas aos bombeiros e de novas botas de combate para incêndios urbanos.
A partir das 18h15 sai para as ruas da cidade o já tradicional desfile técnico-operacional, terminando o dia com o convívio-buffet no quartel.
Novas botas de combate a incêndios urbanos
Todos os 100 bombeiros no activo da corporação caldense vão receber botas novas de protecção individual (“tipo americano”) para incêndios urbanos.
As botas foram oferecidas pelo governo civil de Leiria. Segundo o comandante dos bombeiros, a corporação caldense recebeu as botas porque há menos de um ano a associação comprou fatos de protecção individual para todos.
“O governo civil tinha atribuído verbas para a aquisição de equipamento de protecção individual que nós já possuíamos e nós solicitámos que o investimento fosse feito nas botas”, explicou.
No final do ano passado foram adquiridos fatos completos à prova de fogo para todos os bombeiros caldenses.
Os equipamentos foram comprados directamente a uma empresa na Ilha Formosa (Taiwan), a quase metade do custo destes fatos em Portugal. “Mas são certificados”, garante José António Silva. No total a associação gastou quase 40 mil euros.
Recentemente uma empresa portuguesa lançou um fato de protecção individual 100% nacional, que deverá receber certificação este mês.
Este produto é um meio termo entre os fatos para incêndios urbanos e para incêndios florestais, mas o comandante dos bombeiros das Caldas garante que o equipamento adquirido pela associação caldense também oferece o mesmo tipo de protecção.
Intervenção rápida evitou incêndios maiores
O final do mês de Setembro custa ser o mais propício para os incêndios nesta região e a época de fogos só termina a 15 de Outubro. Mas tendo já passado os meses mais quentes do verão é possível fazer um primeiro balanço, que o comandante José António Silva classifica de “muito positivo”.
Para este êxito contribui muito a rapidez com que os bombeiros caldenses intervêm quando há incêndios. Tal como em todas as corporações de bombeiros do país, Caldas da Rainha tem um piquete de emergência de cinco elementos que segue de imediato para um fogo logo que é dado um alerta.
A Equipa de Combate aos Incêndios Florestais tem evitado que os incêndios iniciados no concelho tomassem dimensões relevantes. Não houve nenhum fogo neste verão que ultrapassasse os mil metros quadrados de área ardida.
“O êxito do combate a incêndios está no tempo que se demora desde o momento em que é dado o alerta e o início do combate”, referiu José António Silva.
Durante a época de incêndios, o CDOS (Centro Distrital de Operações e Socorro) acciona sempre três corporações de bombeiros e um meio aéreo.
Sempre que esta equipa é chamada, são convocados mais cinco elementos para ficar de prontidão no quartel.
O comandante dos bombeiros queixa-se de que têm sido feitas muitas chamadas de alerta falsas.
Registou-se também um número anormal de incêndios em alguns locais (na zona de Salir do Porto e Alvorninha), a horas em que já existe alguma humidade no ar. “Não posso dizer que seja fogo posto, mas estas coisas não acontecem por acaso”, comentou o comandante.































