Bombarral: Mata Municipal do Bombarral tem agora um guia das aves

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Livro editado pela Associação de Defesa do Rio Real apresentado no feriado municipal

São 28 as espécies de aves mais comuns e abundantes identificadas e descritas pelo ornitólogo Hélder Cardoso no “Guia das Aves da Mata Municipal do Bombarral”, uma publicação editada pela Associação de Defesa do Rio Real e que foi apresentada ‘in loco’ durante as comemorações do Feriado Municipal, no passado dia 29 de junho. Ao longo de 76 páginas são descritas cada uma das espécies, acompanhadas com imagens muito rigorosas pelo ilustrador científico alcobacense Marco Nunes Correia.
Nascido nas Caldas da Rainha, mas residente na aldeia bombarralense do Pó, Hélder Cardoso reúne neste livro o resultado de visitas de campo realizadas ao longo de ano e meio à Mata Municipal do Bombarral, um espaço municipal que foi o primeiro arvoredo do país a receber a classificação de interesse público em 1941.
“Quando entramos com este livro na mão sabemos exatamente o que ocorre neste espaço”. De entre as que observou e ouviu neste espaço, sobretudo ao nível das copas das árvores, o especialista de monitorização de aves selvagens destaca duas aves: o tordo e a andorinha das rochas. “Se este guia tivesse sido publicado há 20 anos, provavelmente estas duas espécies não teriam sido incluídas neste guia”, destacou. Comuns na Europa do Norte e Central, não nidificavam tão a sul, com agora sucede no Bombarral.
Para Marco Correia, a publicação deste guia foi prejudicada pela escassez no mercado de papel gráfico, fruto da pandemia e da guerra na Ucrânia, que condicionou o trabalho final. O especialista em ilustração científica destacou a “oportunidade única” na realização deste trabalho. Todas as ilustrações do livro foram desenhadas à mão, em aguarela, de forma integral e única por cada ave estudada.
Para Emanuel Vilaça, da associação Real 21, a Mata Municipal encerra árvores com “dimensões extraordinárias”, entre os quais “o maior carvalho cerquinho do país” e provavelmente da Europa, com 25 metros de altura e uma idade estimada de 250 anos. Aqui podem também ser observados alguns dos maiores sobreiros existentes em Portugal. ■

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