Bicicletas elétricas começam a circular nas Caldas da Rainha em inícios de agosto

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Após 10 meses paradas, as Rainhas – bicicletas de uso partilhado, deverão começar a circular já no próximo mês, depois de resolvidos os problemas com os veículos, as docas e a própria aplicação

Instaladas em setembro do ano passado (antes das eleições), as bicicletas de uso partilhado nunca chegaram a funcionar em pleno, mas a Câmara das Caldas garante que estarão operacionais, e abertas ao público, na primeira semana de agosto. Neste momento as bicicletas e as docas já estão operacionais e a aplicação já está em fase final de usabilidade, explica o presidente da Câmara, Vítor Marques, à Gazeta das Caldas.
De acordo com o autarca, “um conjunto de problemas e dificuldades foram atrasando todo o processo”. As Bicicletas Rainhas resultam de um Orçamento Participativo de 2015 que começou a ser implementado em 2020 e estava concluído em setembro de 2021. No entanto, o sistema apresentava “limitações graves ao seu funcionamento normal”, nomeadamente no que respeita à incapacidade de criação de novos utilizadores na plataforma de gestão e incoerência na comunicação no modo de criação de utilizador. Também o facto de as estações de ancoragem estarem mal implementadas levava a que fosse particularmente difícil devolver a bicicleta e, muitas vezes, esta ficava mal colocada e emitia um sinal sonoro. Foi este problema que levou a que a estação da Rodoviária fosse desativada.
Já a estação do Centro de Alto Rendimento encontrava-se inativa por falta de eletricidade no local. “Detetámos, ainda, que havia uma problemática com a manutenção das bicicletas, não havia nenhum serviço municipal ou serviço contratado para realizar a manutenção das mesmas”, explica o chefe do executivo municipal, acrescentando que a soma de todos estes problemas levou a que se suspendessem o serviço até encontrarem as soluções. Depois, houve dificuldades com a plataforma de gestão das bicicletas, que “obrigou a mudar de empresa que desenvolve a plataforma, o que veio a adicionar um período de meses ao arranque do projeto”, concretiza.
Este projeto teve um investimento de 65 mil euros + IVA e tem custos de funcionamento anuais na ordem dos 7.500 euros.
O executivo entende que as bicicletas partilhadas têm a dimensão adequada como projeto-piloto, mas como alternativa de promoção do modo ciclável é “manifestamente reduzido”, pelo que se encontra a analisar o Plano de Mobilidade e a perceber como poderá este projeto crescer. “É preciso ter em conta que a promoção da utilização de meios de transporte alternativos e ecológicos é fundamental”, afirma Vítor Marques, acrescentando que estão a preparar, para o próximo ano lectivo, várias ações de promoção do uso de bicicletas.
Neste momento existem quatro estações (Biblioteca, CAR Badminton, Rodoviária e Escola Primária do Parque) e 20 bicicletas. O executivo está ainda a avaliar qual o grau de crescimento e as necessidades de localização, nomeadamente junto às escolas. A Câmara está também a avaliar a circulação de trotinetes de uso partilhado, mas num sistema de concessão a privados, à semelhança do que têm feito vários municípios. “Estamos a analisar quer as propostas que temos quer o mecanismo que queremos implementar”, conclui o autarca. ■

 

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