Um bebé faleceu esta quarta-feira durante o parto por cesariana no hospital das Caldas da Rainha. Segundo comunicado da Comissão de Utentes do CHO, o caso pode estar relacionado com a falta de médicos no obstetrícia naquela noite.
“A escala da mesma [obstetrícia] estava incompleta e os administrativos tinham orientações para não inscreverem grávidas. Entretanto uma grávida entrou em trabalho de parto, perdeu-se tempo em discussão sobre como se deveria proceder e a grávida acabou por ir ao bloco, a fim de se proceder a uma cesariana de urgência, tendo o bebé morrido”, refere a comissão em comunicado.
O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste emitiu, também, um comunicado a esclarecer que “na sequência da ocorrência grave com uma grávida no dia 08/06, foi aberto um processo de inquérito pelas IGAS”. Lamentando “profundamente a morte registada”, a administração do CHO acrescenta que é, nesta altura, “prematuro estabelecer qualquer relação de causa-efeito entre o encerramento da urgência obstétrica e o referido episódio”.
PSD reage
Na sequência deste caso, a Comissão Política do PSD das Caldas da Rainha emitiu um comunicado a lamentar a morte de um bebé no hospital das Caldas da Rainha, afirmando ser agora importante apurar, “com a maior brevidade possível, as causas deste episódio de desfecho trágico”, nomeadamente quanto a uma possível relação com “uma escala incompleta de médicos obstetras”.
“O PSD considera urgente que se esclareça as circunstâncias do sucedido, tendo já remetido uma pergunta à Ministra da Saúde”, acrescentam os sociais-democratas no documento.
A Comissão Política caldense do PSD acrescenta que “a falta de recursos humanos, nomeadamente, no hospital das Caldas da Rainha, com sucessivos encerramentos do serviço de urgências, não é um problema novo, sendo do conhecimento de todos, pelo que cabe ao Governo tomar as medidas necessárias para, entre outros, solucionar este problema”.
O partido realça que o Secretário de Estado da Saúde, tendo sido candidato pelo distrito de Leiria nas últimas eleições legislativas, “tem uma obrigação redobrada do conhecimento dos problemas que afetam, em concreto, as unidades hospitalares do distrito de Leiria, tendo-se comprometido há pouco meses, durante a campanha eleitoral, com a resolução dos mesmos”, continua a missiva laranja, onde afirma, ainda, que é urgente assegurar que o serviço de urgência no hospital das Caldas da Rainha, “que se encontra sob pressão há semanas”, tenha os recursos humanos necessários para “assegurar a total segurança dos cidadãos e a devida prestação de cuidados de saúde”.































