Gazeta dos Autores voltou a animar a Rua Raul Proença, proporcionando uma rua de comércio de peças de cerâmica e livros, mas criando também um espaço de conversa entre o público e os seus autores. Durante a tarde de 17 de Dezembro houve música, dança e muito convívio.
É dia 17 de Dezembro, sábado. São 15h00 quando, na Rua Raul Proença os últimos preparativos são montados. Há barraquinhas pela rua: de um lado a cerâmica, do outro os livros. Cada vez vai chegando mais gente e, de repente, aparecem perto de 15 músicos a tocar – é a muito animada FáloFarra.
Falamos com Paulo Caiado, um dos autores presentes, que elogia a iniciativa e a organização, realçando a animação constante. O também gestor e consultor, diz que “é preciso deslocar a população do eixo central – rua das Montras e Heróis da Grande Guerra porque as pessoas não estão habituadas” e salienta a importância da proximidade entre autores e leitores que este evento permite. “Acho que é um evento que já entra na agenda das actividades natalícias e que espero que continue”, afirma, antes de alertar para a importância da Gazeta das Caldas no quotidiano da cidade e dos caldenses.
Entre conversas de leitores e escritores e compras de Natal, 16 alunos da Escola Vocacional de Dança de Caldas da Rainha apresentam um momento de dança Pop Out.
O ceramista Luís Santos, que já no último ano havia participado no Bazar, diz-nos que este ano está semelhante a 2016. “Este tipo de iniciativas é sempre de louvar”, afirma.
Destacando a aproximação ao público, a animação durante toda a tarde e a organização da Gazeta, o autor conta que “as pessoas têm interesse pela cerâmica de autor, gostam de ver”.
Relativamente ao ponto de venda na loja da Gazeta das Caldas, o ceramista considera que é “um bom veículo de venda e uma boa parceria”. A terminar disse que no último ano o bazar decorreu durante a noite e que isso o torna mais apelativo.
Pela rua, em exposição nas barraquinhas, estão obras de mais de 20 autores: Ana Todo Bom, Ana Sobral, Bolota, Braz Gil Studio, Bruno Prates, Carlos Enxuto, Carlos Querido, Cláudia Canas, Cristina Ramos Horta, Daud Al Anazy, Elsa Rebelo, Helena Lopes Franco, Isabel Castanheira, Ivo Correia, João Carlos Costa, José Ricardo Nunes, Meg Craft, Luís Santos, Paula Clemente, Paulo Caiado, Sara e Dário Cardina, Teresa Alves, Vítor Mota e Vítor Reis.
A tarde avança e a meteorologia vai colaborando, permitindo que até perto da hora de jantar a rua esteja animada.
Mas não só de cerâmica, livros e animação de rua se fazia o bazar. Os Pimpões trouxeram artesanato e pinturas faciais, e enquanto se passeava era possível degustar alguns doces que os três restaurantes presentes – Maratona, Marta’s Place e Meia Tigela – trouxeram.
Os representantes dos espaços de restauração concordaram que a importância deste bazar não é tanto pelo volume de negócios, mas pela proximidade que cria com o público.
Entretanto, aparecem os BJazz, quatro jovens contratados pela ACCCRO, que durante o sábado animavam vários espaços da cidade. A música e a boa disposição foram mais um contributo para a festa deste jornal.
Ana Ferreira, uma caldense que procurava prendas de Natal, elogiou a dinâmica da iniciativa, mas teve pena que o bazar não se tivesse prolongado durante a noite. “Acho bem que comece mais cedo, como este ano aconteceu, mas também acho que devia ficar depois de jantar”, afirmou.































