Barreira acústica já está a ser instalada na A8 junto à Quinta dos Pinheiros

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Moradores
Elementos da Comissão Cívica de Protecção das Linhas de Água com alguns moradores

A Auto-Estradas do Atlântico (AEA) está a cumprir o prometido e já foram iniciados os trabalhos de instalação da barreira acústica na A8 junto à urbanização da Quinta dos Pinheiros, nas Caldas da Rainha.
Há vários anos que os moradores se queixavam do barulho provocado pela circulação de viaturas a menos de 10 metros das suas casas. Desde 2005 que a Comissão Cívica de Protecção das Linhas de Água e Ambiente das Caldas da Rainha tem vindo a trocar correspondência com as entidades responsáveis e só recentemente obtiveram uma resposta satisfatória por parte da AEA.

Vítor Dinis, um dos elementos desta comissão, não escondeu a alegria que sentiu por terem conseguido resolver este problema aos moradores da Quinta dos Pinheiros. “Sentimo-nos contentes por termos conseguido algo que outras entidades locais não conseguiram”, referiu Vítor Dinis.
Para já os moradores estão expectantes quanto ao resultado da instalação da barreira acústica.
Helena e Álvaro Fonte, que moram numa das casas mais próximas da auto-estrada, esperam finalmente conseguir ter descanso. “Nós nem conseguimos utilizar a parte detrás da casa e quando passa um camião os vidros estremecem”, disse Helena Fonte
Segundo a moradora, quando há sete anos compraram a casa havia menos trânsito na A8 e o ruído não era tão grande. Mas desde a primeira noite assustou-se com o barulho das viaturas a passar, chegando a acordar a pensar que estaria a dormir dentro de um carro parado na auto-estrada.
Sempre que chove o ruído é maior, causado pelas viaturas a passarem na água.
Outro dos moradores, Américo Santos, comprou a sua casa naquele bairro há dois anos e só quando se mudou é que se apercebeu do barulho provocado pela auto-estrada. Na sua opinião, a barreira devia ser colocada ao longo de uma maior extensão para que todo o ruído dos veículos fosse anulado.
A questão da barreira acústica foi o motivo de uma reunião pública promovida pela comissão cívica a 29 de Outubro, no auditório dos Pimpões. Nesse encontro os moradores da Quinta dos Pinheiros decidiram deslocar-se à próxima reunião da Assembleia Municipal das Caldas para protestarem contra outros problemas na urbanização, nomeadamente em relação aos maus cheiros e falta de limpeza.
Álvaro Fonte explicou à Gazeta das Caldas que o cheiro do rio da Cal, que passa junto da urbanização, é insuportável. “É algo impensável para uma cidade como a nossa”, considera.
Existe alguma tensão por parte dos moradores que se sentem menosprezados pela autarquia. Na reunião nos Pimpões os moradores, constatando um atraso de quase duas horas do representante da Câmara, Hugo Oliveira, decidiram que abandonariam a sala sem lhe dirigir a palavra se e quando este chegasse, o que veio a acontecer.
Este incidente mostra o grau de crispação existente entre os moradores e a autarquia por verem que os problemas não resolvidos se arrastam.
À Gazeta das Caldas, o vereador Hugo Oliveira explicaria mais tarde que chegou atrasado porque tinha vindo de Lisboa nessa noite.

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