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O Grande Mercado Medieval de Óbidos, assim se designa a 10ª edição, vai decorrer entre os dias 7 e 24 de Julho, apenas das quinta-feiras aos domingos. Um banquete medieval, na Praça de Santa Maria, abre o evento que, em data comemorativa, promete ser ainda mais animado que nas edições anteriores.
Grupos oriundos de vários países vão fazer a animação do certame que, este ano, também voltará a contar com a presença do mendigo Basílio.
A programação ainda não está fechada, mas José Parreira, administrador da Óbidos Patrimonium, organizadora do evento, adianta que a falcoaria vai estar em destaque, assim como um aumento dos espectáculos de teatro em palco.
“Fizemos uma mudança ao nível da programação, em que cada fim-de-semana terá um conjunto de grupos diferente, permitindo uma maior diversidade aos visitantes”, adiantou o responsável à Gazeta das Caldas.
Este ano as questões relacionadas como o assistencialismo, apoio às famílias mais carenciadas e a saúde irão estar em destaque, numa homenagem a Santa Isabel, que foi uma das rainhas bastante ligadas a Óbidos, tendo ali, inclusive, mandado criar uma gafaria (hospital para leprosos), onde actualmente se situa o Museu Paroquial. A décima edição presta também uma homenagem aos 500 anos da Misericórdia de Óbidos, obra de benemerência também criada por uma rainha ligada a Óbidos – D. Leonor que fundou o Hospital das Caldas – que se assinalam este ano.
O certame irá contar com a presença de 18 colectividades, que irão garantir a boa e variada gastronomia, mas menos vendedores. Na área do terreiro de S. Tiago ficará concentrada a zona mais virada para a noite, com os bares, deixando assim livres as outras áreas para a restauração.
Para os mais novos haverá ateliers, onde estes poderão ser ordenados cavaleiros e aprender, com algum rigor histórico, todas as técnicas relacionadas com as armas e trajes.
“Estamos também a trabalhar muito de perto com a hotelaria da região, nomeadamente com o novo hotel que abriu nas Caldas [Sana Silver Coast] e estamos a desenvolver esforços para que haja a promoção de pacotes de alojamento”, explicou José Parreira.
O preço do bilhete mantém-se nos sete euros. Quem optar por alugar um fato num dos dois espaços existentes na vila, entra sem pagar bilhete, mas quem vier trajado de casa terá que pagar três euros para entrar na cerca do castelo. José Parreira justifica esta medida com a conjuntura de crise que o país atravessa e com a necessidade de receitas para o evento. “Se pudéssemos mantínhamos as regras anteriores, mas achamos que nesta altura temos que fazer isto e, eventualmente, daqui por algum tempo voltar ao modelo anterior”, disse.
É este evento, em conjunto com o Festival de Chocolate e a Vila Natal, que “contribui para que Óbidos possa ter uma boa programação durante o resto do ano”, adianta, especificando que os outros eventos realizados durante o ano, muitos deles gratuitos, “são deficitários”.
O orçamento para a décima edição do Mercado Medieval é de 230 mil euros.
