Banco Alimentar do Oeste recolheu menos 13 toneladas que no ano passado

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BAOA campanha de Novembro do Banco Alimentar do Oeste recolheu, este ano, menos 12,9 toneladas de géneros alimentares do que na campanha homóloga de 2013. Trata-se de uma redução de 17%, que se agrava para 34% quando comparados os dados com os alimentos obtidos em 2010.

No concelho das Caldas da Rainha (que foi na região o que mais bens conseguiu angariar), foram recolhidos quase 18 toneladas de produtos doados, menos quatro toneladas que no ano anterior. Em Alcobaça, que chegou às 14,5 toneladas, registou-se 1,5 toneladas a menos do que em 2013. De seguida aparece a Lourinhã com mais de 9 toneladas, Peniche (7,3 toneladas), Nazaré e Bombarral (pouco mais de 5 toneladas), Óbidos (com mais de 2,5) e, por fim, o Cadaval (pouco mais de uma 1,5 toneladas).
Ainda assim, estes resultados não incluem as campanhas Vale e Online, que se prolongam até ao próximo fim-de-semana.
A campanha de Novembro deste ano contou com o apoio de 1600 voluntários nestes oito concelhos.
O Banco Alimentar Contra a Fome do Oeste colabora, actualmente, com 63 instituições que fazem chegar o auxílio a cerca de 11.000 pessoas carenciadas na região (quase 5% da população).
Este ano realizou-se também uma recolha na Praça da Fruta, no sábado e no domingo.
O presidente desta instituição, José Siqueira Carvalho, salientava ainda assim, que os resultados são superiores aos da campanha de Maio (em que foram recolhidos 56 toneladas. “As pessoas continuam a dar, mas dão um bocadinho menos” explicou José Carvalho, enumerando factores como as dificuldades financeiras, ou a realização de várias campanhas de solidariedade  de outras entidades ao longo do ano.
Ricardo Conceição, um dos escuteiros que esteve nos supermercados, diz que o voluntariado faz parte do escutismo e que esta é uma causa que tem merecido, ano após ano, o apoio do Agrupamento 337 das Caldas da Rainha.
“É sempre muito bom ajudar”, exclamou. Segundo Ricardo Conceição, a adesão a esta iniciativa, nos supermercados, “ronda os 80%”.
Nas instalações do Banco Alimentar do Oeste está Lídia Coelho, que veio em 1975 de Moçambique para as Caldas. É voluntária nesta causa desde que se reformou, há oito anos. Está atrás de um balcão com comida, águas e café. “Vou às instituições como o Marriot, à Obirocha, à A. Marques, entre outras, pedir coisas para que as pessoas que aqui trabalham durante um dia inteiro possam também alimentar-se”. No fim, é garantido que sairá cansada, mas acima de tudo irá sentir-se “muito feliz e realizada”.
Já Sabrina Ribeiro, que no Pingo Doce tinha acabado de entregar um saco aos voluntários do Banco Alimentar, disse à Gazeta das Caldas que as ajudas estatais não são suficientes para todos os carenciados, mas que, se cada um de nós contribuir, consegue-se auxiliar toda a gente. “Esta campanha devia ficar até ao Natal”, concluiu.

Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt

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